De acordo com os trabalhadores, a medida tomada pela direção da refinaria agrava ainda mais a situação de insegurança no Sistema Petrobrás, já que o trabalho já acontece com o efetivo no limite.
A greve foi aprovada pelos trabalhadores, em assembleias realizadas nas unidades do Sindicato (foto), entre os dias 4 e 18 de abril, caso as mudanças de efetivo fossem implementadas.
Os trabalhadores da Refinaria de Paulínia também iniciaram, nesta segunda-feira, vigília controlada – procedimento organizado para que os operadores possam usar o “Direito de Recusa”.
Na vigília controlada, os trabalhadores realizam a passagem do turno e o grupo que inicia a jornada opera a refinaria normalmente. Como não há trabalhadores suficientes para render o grupo inteiro, a outra equipe permanece dentro da unidade para garantir o efetivo mínimo atual. “A partir do momento em que o número mínimo foi reduzido arbitrariamente, nós vamos operar com dois grupos dentro da refinaria. É uma ação necessária para assegurar que nenhum setor da refinaria fique desfalcado, devido aos cortes”, afirma o diretor do Sindicato, Arthur Bob Ragusa.
Segundo ele, a vigília só será interrompida se a empresa aceitar as condições estabelecidas no ofício, que a direção sindical enviou na tarde de hoje ao gerente geral da refinaria. O documento propõe um calendário para a apresentação da metodologia do estudo de reestruturação do efetivo mínimo, elaborado pela Petrobrás.
“Entendemos que a concordância com nosso ofício significa restabelecer o efetivo. Para suspendermos a vigília, a empresa tem que voltar com o número mínimo anterior e abrir um processo de negociação”, avisa o dirigente.