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Governo Temer quer que o trabalhador demitido pague o seguro-desemprego

O ministro da Fazenda do governo de Michel Temer (PMDB), Henrique Meirelles, confirmou hoje (23) que o governo pretende fazer com que o próprio trabalhador pague pelo seguro-desemprego. Assim, em vez de o governo pagar o seguro-desemprego, os recursos serão tirados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) do próprio trabalhador.

Henrique Meirelles foi presidente do grupo JBS, de Joesley Batistas, no período de grande corrupção da empresa para comprar políticos e técnicos agropecuários e tem aposentadoria de R$ 250 mil por mês.

A medida foi divulgada pelo jornal O Globo e, segundo Meirelles, está em “fase embrionária”. Segundo a reportagem, o governo pretende usar o saldo do FGTS e a multa de 40%, paga nos casos de demissão sem justa causa, para repassar três parcelas ao trabalhador, substituindo o seguro-desemprego. O valor mensal seria equivalente ao último salário recebido pelo empregado. Após esse período, se permanecer sem colocação, o trabalhador poderia dar entrada no seguro-desemprego e receber o restante do saldo do FGTS.

“Existem discussões na área econômica do governo, seja no Ministério da Fazenda, seja no Ministério do Planejamento, seja em outras áreas em diversos níveis, sobre diversas coisas que possam induzir o país a voltar a crescer” disse Meirelles ao ser perguntado sobre o assunto após participar de um evento promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo.

Durante o evento, o ministro recebeu um manifesto da Amcham em apoio às reformas trabalhista, previdenciária e tributária. Apesar da rejeição da proposta de reforma trabalhista do governo na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Meirelles mostrou otimismo com a votação do texto no plenário.

“Um senador que perdeu o voo, outro que teve uma questão de partido, outro com uma questão familiar. Então, tiveram diversas questões que fizeram com que isso, ocasionalmente, ocorresse. Agora, nós acreditamos que a reforma deve ser aprovada e deve ser implantada.” (Agência Brasil/ Carta Campinas)

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