Segundo o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), opositores ao projeto foram convidados, mas não compareceram. O projeto busca censurar e patrulhar professores em todo o Brasil, construindo uma legislação fundada em princípios religiosos dos mais reacionários.
Em Campinas, os políticos que prestigiam esse projeto chamado “escola sem partido’, no entanto, são normalmente de partidos ligados a grupos evangélicos e também com posições de extrema-direita. Veja como funciona o truque de linguagem do “escola sem partido” (Veja Link).
Para o professor da Unicamp e comentarista do Jornal da Cultura, Leandro Karnal, o projeto é simplesmente “estúpido” (Veja link).
Para Alexandre Pianelli Godoy, doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), o projeto é mais autoritário que o projeto da Ditadura Militar.
Segundo notícia da própria Câmara de Campinas, o deputado federal Paulo Freire (PR) foi o coordenador do seminário, ao lado do membro da comissão, o deputado Roberto Alves (PRB), ambos os partidos ligados a igrejas evangélicas. Ainda segundo o site, confirmaram presença o presidente da Câmara de Campinas, Rafa Zimbaldi (PP) e os vereadores Campos Filho (DEM), Professor Alberto (PR) e Vinicius Gratti (PSB).
O projeto, de cunho fundamentalista religioso, foi apresentado por Miguel Nagib e o diretor executivo da Etebras (Escola Teológica Brasileira), pastor Manoel Messias Bispo dos Santos. Na apresentação, um exemplo de abuso foi uma foto de pré-adolescentes que teriam gritado “Fora Temer” dentro de uma escola. Veja, 95% da população rejeita o governo Temer. É loucura total. Além de outras frases inacreditáveis, o fundador de escola sem partido chegou a dizer na apresentação que a “masturbação é um ilícito moral” porque é um pecado religioso. Aí você percebe o nível pedagógico do projeto.