A transformação de empresas em mega empresas, multinacionais, com poder financeiro astronômico, destruiu qualquer resquício de representatividade.
O desenvolvimento do capitalismo e a super acumulação de riquezas acabou com o sistema. A democracia representativa usa paraísos fiscais e todo o sistema é movimentado pela corrupção com quantias de recursos inimagináveis. Um milhão de reais, dez milhões de reais, assim, fácil, leve, são na verdade uma merreca de recursos diante da acumulação e produção de riqueza de um país de 200 milhões de habitantes.
As mega corporações não pagam impostos, nem para a previdência social.
Ficou fácil e barato demais para mega empresas comprarem os políticos. Ficou fácil não pagar fortunas de impostos burlando o sistema, contratando advogados, comprando técnicos do governo. Há toda uma engenharia de lucratividade na corrupção construída por grandes corporações.
Médios e pequenos empresários, assim como o trabalhador, são quem pagam os impostos. E alguns desses, de forma parva, defendem o sistema.
Em vez de deputados, hoje os eleitores escolhem os representantes das grandes corporações. Estão lá na lista de Fachin, de uma única grande empresa, todos os partidos, de direita e de esquerda. Deputados, senadores, presidente. Pai, filho, neto, cunhado, esposa. Estão todos na lista. É a democracia das grandes corporações. É a democracia comprada, antidemocrática, autoritária.
Os políticos são o representante dos planos de saúde, representantes das telefônicas, representantes das empreiteiras, representantes da indústria química, representantes das armas para matar pessoas etc etc etc.
Num país continental como o Brasil, isso se tornou obsceno porque demanda um volume enorme para a compra de políticos, técnicos, fiscais, advogados, empresas de mídia etc.
O sistema é perfeitamente corrupto e um ministro do Supremo Tribunal Federal alardeia que é maravilhoso e que as grandes empresas precisam continuar comprando deputados por meio do financiamento eleitoral.
A democracia representativa acabou. É hora de inventar uma nova democracia.