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Manifesto de intelectuais pede um Brasil Nação contra o Brasil destruído pelo ódio

“A desigualdade volta a aumentar, após um período de ascensão dos mais pobres. A sociedade se divide e se radicaliza, abrindo espaço para o ódio e o preconceito”, afirma o manifesto do Projeto Brasil Nação, idealizado pelo economista Luiz Carlos Bresser-Pereira. O documento busca expor uma “alternativa viável e responsável para o país”. O manifesto pode ser assinado neste link.

Bresser-Pereira chama a sociedade a se unir em torno de uma ideia de solidariedade nacional frente a “uma crise sem precedentes”, aliada a um “retrocesso com apoio de uma coalizão de classes financeiro-rentista que estimula o país a incorrer em déficits em conta corrente, facilitando assim, de um lado, a apreciação cambial de longo prazo e a perda de competitividade de nossas empresas, e, de outro, a ocupação de nosso mercado interno pelas multinacionais”.

Assinam o documento nomes de diferentes áreas, como o embaixador e ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, o escritor Raduan Nassar, o compositor e escritor Chico Buarque, o cineasta Kleber Mendonça Filho, a cartunista Laerte Coutinho, o jurista Fábio Konder Comparato, a filosofa Márcia Tiburi, o médico Alexandre Padilha, a psicanalista Maria Rita Kehl, e a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, entre outros.

O texto classifica como pilares da ideia a autonomia nacional, a democracia, a liberdade individual, o desenvolvimento econômico, a diminuição da desigualdade, a segurança e a proteção do ambiente.

Em relação às políticas públicas de caráter econômico, o manifesto apresenta cinco pontos: “Regra fiscal que permita a atuação contracíclica do gasto público, e assegure prioridade à educação e à saúde; taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do Brasil; superávit em conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva; retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia e garantir investimento rentável para empresários e salários que reflitam uma política de redução da desigualdade; reforma tributária que torne os impostos progressivos”.

As medidas anticíclicas desenvolvimentistas, de acordo com o projeto, “levam ao desenvolvimento econômico com estabilidade de preços, estabilidade financeira e diminuição da desigualdade”, a fim de “ajudar a refundar a nação brasileira, unir os brasileiros em torno das ideias de nação e desenvolvimento”.(Da RBA)

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