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Ciclo de Leituras Públicas do TUSP se concentra em autoras teatrais brasileiras

Em São Paulo – O TUSP, Teatro da Universidade de São Paulo, realiza até o dia 5 de junho o XVII Ciclo do Programa TUSP de Leituras Públicas. Com o título “Essas”, o Ciclo se concentrará na leitura de algumas autoras brasileiras de teatro, aprofundando a temática do ciclo anterior “Dramaturgas” e tendo em vista a múltipla produção de autoras teatrais no país.

O Programa de Leituras Públicas do Teatro da USP propõe, a cada ciclo semestral, a leitura de peças teatrais selecionadas a partir da obra de um autor ou tema específico e é realizada pelo público presente em encontros abertos com a mediação da equipe artística do TUSP. Os encontros acontecem sempre às segundas-feiras, às 19h30, com entrada gratuita.

Veja mais detalhes da programação:

24.04 Bonita, de Dione Carlos
08.05 Mata Teu Pai, de Grace Passô
15.05 Stoccarda, de Leonarda Glück
22.05 Vendaval, de Lucienne Guedes
29.05 Terra dos Outros Felizes: o Jogo dos Amigos Imaginários de Michelle Ferreira, de Michelle Ferreira
05.06 Frida, Calor e Frio, de Viviane Dias

Maria Shu é ativista, professora, roteirista e dramaturga. Com Ar Rarefeito, venceu a terceira edição do concurso “Feminina Dramaturgia – Prêmio Heleny Guariba”. Em 2017, Peça para quem não veio teve uma primeira abertura de processo aqui no TUSP, resultado de uma colaboração entre a Cia. Pau D’arco de Teatro (Brasil) e a compagnie nie wiem (França). A peça trata do homem que se recusa a obedecer a ordem divina e enterra suas sementes. Em um mundo que desconstrói identidades por meio de horrores que brotam dos mais soturnos porões, para que, afinal, reproduzir a vida?

Claudia Barral, nascida em Salvador e radicada em São Paulo, é poetisa, roteirista e dramaturga. Por Cordel do Amor sem Fim, recebeu o prêmio Funarte 2004 e foi indicada ao prêmio de Melhor Texto no Festival Internacional de Angra em 2013). Hotel Jasmim, que em 2013 recebeu o Prêmio Heleny Guariba, narra a história de Jorge, um nordestino que chega a São Paulo para tentar a vida como garçom após o assassinato de seu pai, e vai dividir um quarto de pensão com Fernando, michê, adepto da lei do mais forte e do mais esperto.

Dione Carlos é dramaturga e atriz. Carioca, radicada em São Paulo desde os 19 anos, tem desenvolvido como dramaturga parcerias com diversas companhias. Dentre outras, escreveu Sete, para a Cia. Club Noir em 2012 e, em 2015, Mamute, com a Cia. do Mofo, e Bonita, com direção de Alex Araújo, na Cia. Caminho Velho. Bonita fala da baiana Maria Gomes de Oliveira, a Maria Bonita (1911-1938), que abandonou um marido agressor para juntar-se aos seguidores de Lampião, um dos líderes do cangaço. Tal como um mito constantemente reconstruído na fala das pessoas, a peça não se passa em um tempo histórico localizável, valendo-se de saltos no tempo e no espaço.

Grace Passô é atriz, diretora e dramaturga.Com o grupo espanca!, escreveu Marcha para Zenturo e Amores Surdos, pela qual ganhou o Shell de Melhor Texto em 2007. Por Elise rendeu-lhe os prêmios APCA e SESC/SATED em 2005 e o Shell de melhor texto em 2006. Sua dramaturgia foi publicada pela Ed. Cobogó, que em 2017 lança Mata teu pai. À luz do mito de Medeia, somos convidados a visitar diferentes territórios numa reflexão sobre nosso tempo e suas fronteiras. Entre expatriados e imigrantes, Medeia fala para e pelas mulheres – a síria, a cubana, a paulista, a judia, a haitiana –, criando um novo final para o mito.

Leonarda Glück é dramaturga, atriz e diretora curitibana, e trabalha com a fusão entre diferente linguagens artísticas. É artista residente e fundadora do Espaço Cultural Casa Selvática desde 2012, em Curitiba. Em 2016 lançou, pela Ed. Dybbuk, A Perfodrama de Leonarda Glück – Literaturas Dramáticas de Uma Mulher (Trans) de Teatro, com seis de seus textos para teatro. A dramaturgia de Stoccarda, palavra que é a tradução para a língua italiana da cidade alemã de Stuttgart, trata das cambiantes relações culturais, políticas e afetivas que se estabelecem entre comunidades, países, continentes e seres humanos, acostumados sempre a legitimar e hierarquizar sua cultura por sobre as outras.

Lucienne Guedes é atriz, dramaturga e diretora nascida em São Paulo. Foi atriz-fundadora do Teatro da Vertigem, sendo a dramaturgista de Apocalipse 1,11 (2000). É também artista colaboradora da Cia. Balagan, do Teatro de Narradores e do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos.

Michelle Ferreira é atriz, dramaturga, roteirista e diretora, foi integrante do Núcleo de Dramaturgia do CPT, com coordenação de Antunes Filho, por oito anos. Indicada ao Prêmio Shell de melhor autora em 2013 por Os Adultos Estão na Sala, foi duas vezes finalista do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia e uma das classificadas para o concurso Nova Dramaturgia Brasileira realizado pelo CCBB.

Viviane Dias é atriz, dramaturga, professora de teatro e jornalista. Escreveu Em Alguma Margem, no Rio e BarGaia e é autora e atriz dos espetáculos Caim, Mestres do Jogo, Alice e Frida Kahlo – Calor e Frio. O texto evoca o universo da pintora, relacionando-o a um momento potente da América Latina no qual o México recebe a visita de artistas como Eisenstein, Artaud, Maiakóvski, Tina Modotti e políticos como Trótski – e o continente começa a mandar suas influências ao Velho Mundo. O amor, a liberdade, o humor e a potência de vida – bem como a natureza visionária – do casal Diego e Frida, que sonha com uma América poderosa, inspirada pela arte pré-colombiana, constroem a narrativa em apaixonado devir.

Mais informações no SITE do TUSP. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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