O mundo celebra nesta segunda-feira (20) o Dia Internacional da Felicidade. A data foi criada em julho de 2012 pela Assembleia Geral das Nações Unidas e as comemorações ocorrem desde 2013. Segundo a ONU, o dia é uma forma de reconhecer a importância da felicidade na vida das pessoas em todo o mundo.
Para marcar a data, a edição deste ano do estudo Mundial sobre a Felicidade foi divulgada hoje pela ONU em Nova York. Trata-se de um relatório oficial, que apresenta a lista dos países mais felizes e dos mais infelizes do planeta, numa pesquisa que envolveu 155 nações.
A Noruega ficou em primeiro lugar como o país mais feliz do mundo. O Brasil ficou na 22ª posição.
O informe combina seis fatores: PIB per capita, expectativa de vida saudável, apoio social (ter alguém em quem confiar em momentos difíceis), ausência de corrupção no governo e nas empresas, liberdade social e generosidade (medida por doações recentes).
A Noruega era um país pobre, mas em algumas décadas se tornou um dos mais afluentes e socialmente justos: “o país passou a escalar o topo de todos os rankings globais de progresso e bem-estar social, com sua sociedade que escolheu como ideal dar a todos os cidadãos as mesmas oportunidades e garantias de uma vida digna”, escreveu a jornalista Cláudia Wallin, no DCM.
Ela conta que nos anos 90 a Noruega criou um Fundo do Petróleo (o “Oljefondet”), a fim de economizar a fabulosa fortuna do petróleo e assim assegurar o bem-estar dos cidadãos e das gerações futuras.
É o modelo que serviu de inspiração, em parte, para o fundo brasileiro do pré-sal, durante os governos de Dilma e Lula. Esse projeto tem sido destruído pelo governo que ascendeu com o golpe parlamentar. A ideia era criar um fundo com investimento, uma reserva, e também aumentar os investimentos em Saúde (25%) e Educação (75% dos royalties) . O governo Temer (PMDB) e apoiado pelo PSDB destruíram o projeto.
“Pergunte a um norueguês, e ele dirá: o Fundo foi criado para beneficiar os nossos filhos, e também os filhos dos nossos filhos. No modelo norueguês, a regra de ouro é que o governo só pode gastar o dinheiro gerado pelo retorno dos investimentos das aplicações do Fundo, a um teto fixado em 4% ao ano. Mexer no capital do Oljefondet, só em circunstâncias especiais – o que nunca ocorreu, até a recente virada na maré dos preços do barril, conta a jornalista.
O valor do barril caiu de mais de 110 dólares, em 2014, para os cerca de 30 dólares em 2016. Atualmente está custando cerca de 50 dólares.
Diferente da Venezuela, os noruegueses nem sentiram a crise, apesar de 25% da economia do país depender do petróleo. “Vendemos muito petróleo quando os preços estavam altos, e economizamos grande parte do dinheiro que recebemos”, diz Ragnar Torvik, professor de Economia da universidade de Trondheim. (Veja mais sobre a Noruega)
Enquanto o Brasil vive essa lama, a Noruega é o país mais feliz do mundo. (Carta Campinas com informações da Agência Brasil e DCM).