Por meio de nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que a pasta dará todos os esclarecimentos aos chineses o mais rápido possível. “Até receber as informações, a China não desembarcará as carnes importadas do Brasil. Hoje à noite, o ministro terá uma videoconferência com autoridades chinesas para prestar esclarecimentos”, diz o comunicado.
De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, as exportações do Brasil para a China quase duplicaram nos primeiros dois meses do ano em relação ao mesmo período em 2016. Em janeiro e fevereiro, as exportações trouxeram US$ 6,246 bilhões, principalmente nas vendas de petróleo e ferro, soja, polpa de madeira e carne bovina. O valor das exportações do Brasil à China saltou 94,3%, impulsionando por uma subida dos preços de matérias-primas como petróleo e ferro.
Na manhã desta segunda-feira, portaria do Mapa exonerou de cargos comissionados os superintendentes federais de agricultura, pecuária e abastecimento do Paraná, Gil Bueno de Magalhães; e de Goiás, Júlio César Carneiro. Na sexta-feira (17), depois que a Polícia Federal deflagrou a Operação Carne Fraca, o governo já havia anunciado o afastamento de 33 servidores suspeitos de envolvimento nas irregularidades investigadas.
De acordo com a PF, frigoríficos envolvidos nesse esquema criminoso “maquiavam” carnes vencidas e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas subornavam fiscais do ministério para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização.
Chile
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento confirma apenas a suspensão pela China da entrada da carne brasileira. Entretanto, de acordo com a agência notícias DPA, o ministro da Agricultura chileno, Carlos Furche, anunciou que o país vetou o ingresso da carne brasileira até receber informações mais detalhadas sobre a extensão do esquema. (Agência Brasil)