As fotos mostram, de acordo com Hiller, um pouco das faces, dilemas e dificuldades que as mulheres passam em vários países. “Documentei a mutilação genital na África, ouvi todos os relatos possíveis de violência doméstica e até ataques com ácido. A pobreza e as doenças transmissíveis assolam mais as mulheres do que homens no mundo todo, sobretudo em situações de refugiados, epidemias e guerras”, diz.
Na opinião do fotógrafo, as mulheres atravessam um momento histórico no qual migram do desespero absoluto à conquista da dignidade.
Formado em comunicação social e pós-graduado em fotografia, Érico Hiller tem atuado como fotógrafo documental independente há 11 anos. Em 2008, realizou um grande ensaio documental sobre as tensões sociais e ambientais em grandes cidades da Argentina, Brasil, China, Índia, México e Rússia, batizado de Emergentes. Em 2012, publicou um projeto sobre locais ameaçados, como Ártico, Kilimanjaro e Maldivas.
Dedicou-se nos últimos dois anos a pesquisar e retratar os esforços de conservação dos rinocerontes na África e na Ásia. O projeto A Jornada do Rinoceronte foi publicado em livro e rodou o Brasil e o mundo. Érico Hiller ministra workshops e palestras em diversos países. Atualmente, dedica-se ao estudo de assuntos ligados a gênero e à tragédia da violência contra a mulher.
A exposição poderá ser visitada gratuitamente na praça de eventos do primeiro piso do shopping, em frente à Livraria da Vila, de segunda a sábado das 10h às 22h e aos domingos, das 14h às 20h. (Carta Campinas com informações de divulgação)