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Em Roraima, mais 33 pessoas são assassinadas dentro de Penitenciária Agrícola

Pelo menos 33 presos da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), na zona Rural de Boa Vista (RR), foram mortos hoje (6). Segundo a Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, o tumulto na unidade começou durante a madrugada. Essa é a segunda chacina em poucos dias.

Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar entraram no presídio no começo da manhã e a situação já está sob controle. As autoridades estaduais ainda não divulgaram detalhes sobre o que aconteceu.

De acordo com a imprensa local, que divulgou imagens como sendo de hoje, presos podem ter sido decapitados. O Pamc é o maior presídio de Roraima.

Em janeiro de 2015, o titular da Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima (Sejuc-RR), Josué Filho, visitou o presídio após fuga de presos e disse que foi surpreendido pela destruição e precariedade do local.

Na época, a secretaria anunciou que iria fazer denúncia ao Ministério Público (MP) para responsabilizar criminalmente o ex-governador pela situação da penitenciária. O local tem capacidade para 750 presos, mas abrigava 1.050. Nas celas projetadas para oito pessoas, viviam 20 presos. Além disso, cerca de 210 reeducandos construíram barracos de lona, madeira e tecido, como se fosse uma favela dentro do Sistema Prisional.

De acordo com as informações da Sejuc, esses detentos são ex-policiais e condenados por crimes sexuais ou violência doméstica, o grupo mais vulnerável à agressões dos demais presos pela natureza dos crimes que praticaram. Eles estavam reclusos na Ala 1, que foi destruída em uma rebelião, há sete anos, e não foi reformada. As principais reclamações dos detentos, segundo o secretário, são a falta de atendimento à saúde e as condições de alimentação.

As mortes em Roraima ocorrem na mesma semana em que 60 presos foram assassinados em estabelecimentos prisionais do Amazonas e um dia após o governo federal lançar o Plano Nacional de Segurança Pública para tentar reduzir o número de homicídios dolosos e feminicídios; promover o combate integrado à criminalidade transnacional e a racionalização e a modernização do sistema penitenciário. (EBC/Agência Brasil)

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