A Lei da Polaridade e a integração dos opostos para o equilíbrio energético

Por Eliana Mônaco

No primeiro texto da coluna Genus, discorri sobre a Lei de Gênero dos Herméticos, ou o princípio feminino e masculino existente em todas as coisas.

Para os herméticos (leis presentes no Caballion, livro que deu origem a Cabala) há também a Lei da Polaridade, onde todas as coisas tem o seu par de opostos ou tudo é duplo. “O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis”. A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. O pólo positivo + e o negativo – da corrente elétrica.

Essa lei também esta presente no taoismo oriental representado pelo símbolo Yin e Yang. Para o Tao, o Yin representa o feminino, que é o escuro, o receptivo, a lua, o frio e o Yang, o masculino, que é a ação, o sol, a luz, o calor. Eles são energias opostas porem complementares.

O excesso de um tipo de energia, sendo Yin ou Yang, pode nos levar ao desequilíbrio físico, mental, espiritual, energético, afetando todas as áreas da vida. Porem é preciso reconhecer e integrar essas forças opostas. A ação precisa vir acompanhada da não-ação, o trabalho do repouso, a atitude da espera, o raciocínio da intuição.

A dualidade sempre estará presente no nosso dia a dia, para cada sim um não será dado e vice-versa. Para o Tao, ambos os sexos possuem os dois lados ou as duas energias em si. O Homem apesar de ter mais energia Yang tem também o Yin, que é representado pela bolinha menor no todo, no simbolo do Tao. E a mulher idem. Porém, como o feminino esteve por séculos e ainda está, associado em diversas culturas a características negativas, como fragilidade física e emocional por exemplo, loucura, histeria, emotividade, etc, a cultura moderna tem dificuldade em vivenciar a feminilidade de forma saudável, harmônica e prazerosa. E acaba por a relegar para um segundo plano. Inclusive muitas mulheres, para se adaptar as exigências da vida moderna e da sua emancipação, se afastam de sua natureza. É o que vemos por exemplo nas mulheres que tomam remédio para não menstruar, que não reconhecem seus ciclos reprodutivos, que adaptam o corpo em práticas esportivas competitivas e não prazerosas, que alteram seus ciclos hormonais com medicamentos,etc.
E que mais tarde poderão apresentar doenças psicossomáticas e dificuldade de engravidar, de se relacionar sexual e amorosamente.

Então as praticas corporais que levam a pessoa a entrar em contato consigo, com suas emoções, sensações diversas, sentimentos, percepções, que convidam ao relaxamento, a respiração profunda, à entrega, ao deixar fluir, ao não controle, podem estimular mais nosso lado Yin. Podem nos convidar a ficar em contato mais com a emoção do que com a razão. E a olhar para dentro de nós, no que está em nossa sombra, esquecido, silenciado, renegado. E ai podemos iniciar um processo de libertação que nunca saberemos onde irá nos levar, mas que nos fará vivenciar mais plenamente nosso potencial de fluxo de vida, levando-nos à saúde plena do ser.

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