Em certo momento diz: “a história tem muitos exemplos de justiceiros messiânicos como o juiz Sérgio Moro e seus sequazes da Promotoria pública”.
Dentre os exemplos, diz Cerqueira Leite, se destaca o dominicano Girolamo Savanarola, representante tardio do puritanismo medieval. Mas o professor da Unicamp destaca a diferença essencial entre Moro e Savanarola. ” Todavia existe uma diferença essencial, apesar de muitas conformidades, entre o fanático dominicano e o juiz do Paraná: não há indícios de parcialidade nos registros históricos da exuberante vida de Savanarola, como aliás aponta o jovem Maquiavel, o mais fecundo pensador do Renascimento italiano”.
O professor ainda acrescenta que Moro sofre da síndrome do “escolhido”. “O sentimento aristocrático, isto é, a sensação, inconsciente por vezes, de que se é superior ao resto da humanidade e de que lhe é destinado um lugar de dominância sobre os demais”. Para Cerqueira Leite, a corrupção é quase que um pretexto para o juiz do Paraná. “Moro não percebe, em seu esquema fanático, que a sua justiça não é muito mais que intolerância moralista”.
E termina dizendo que Moro só é útil enquanto existir o PT. “Em Roma, Savanarola foi queimado. Cuidado Moro, o destino dos moralistas fanáticos é a fogueira”. (Veja o artigo)