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Imprensa internacional destaca ação política e sem provas da Lava Jato

A denúncia da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Lava Jato contra o ex-presidente Lula, apresentada nesta quarta-feira (14), repercutiu nos principais jornais do mundo que, em sua maioria, destacaram as incoerências da investigação e a falta de provas contra o petista.

O jornal estadunidense The New York Times escreveu que as únicas acusações contra Lula, considerado pelo MPF como um “comandante” dos esquemas de corrupção, pairam sobre um apartamento no litoral de São Paulo que não chega perto dos patrimônios ou dos esquemas financeiros de outros políticos acusados de corrupção.

“A quantidade de dinheiro que Da Silva é acusado de ter recebido empalidece perante as quantias que outros políticos são acusados de ter embolsado nos últimos anos”, afirma a publicação.

A agência de notícias Associated Press, também dos Estados Unidos, foi pela mesma linha.“O abismo entre as acusações verbais e aquilo pelo que Silva foi denunciado de fato coloca em dúvida o futuro dessa investigação”.

Já o francês Le Monde foi ainda mais duro e classificou as investidas contra Lula como “uma verdadeira inquisição”. “Poucos dias após o impeachment de Dilma, a acusação do promotor é um assassinato político contra Lula e o PT”, complementaram.

O jornal Página 12, da Argentina, deu destaque ao teor fala de um dos promotores em comparação também à falta de provas da acusação. “Para Dallagnol, um jovem servidor com atração irresistível por declarações bombásticas, Lula era nada menos que o ‘comandante máximo’ de um esquema de corrupção em seu governo. Palavras contundentes em um discurso absolutamente politizado, ao qual faltou apenas um ‘detalhe’: provas”.

Em sua manchete principal da edição desta quinta-feira (15), o mexicano La Jornada analisou que a denúncia do MPF seria uma tentativa de impedir uma possível candidatura de Lula em 2018. “Sem provas, acusam Lula de encabeçar esquema de corrupção. Tudo indica que buscam inabilitá-lo para as eleições de 2018″. (Da Revista Fórum)

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