“Acho ruim até para as pessoas que estão experimentando esse ódio todo contra alguém que elas nem conseguem olhar no olho”, afirmou. A atriz afirmou que são muitas as pessoas que “estão de algum modo sofrendo as consequências desse golpe que está acontecendo no Brasil”, e citou os índios guarani-kaiowá e os sem-terra como vítimas de “injustiças, prisões e mortes”.
Ela ainda comparou o clima negativo entre os manifestantes da direita e um “mais “acolhedor” entre aqueles que protestavam contra o golpe e contra o governo interino de Michel Temer.
A agressão, que foi filmada pela atriz e divulgada nas redes sociais, ocorreu no inicio da tarde de ontem, quando ela teria parado para conversar com um conhecido. Ela então foi cercada e insultada por um grupo de pessoas vestidas de verde e amarelo, em frente ao Teatro Guaíra, na Praça Santos Andrade, e precisou ser escoltada pela Polícia Militar.
“Sem-vergonha, “acabou a mamata”, “sua puta”, “chora, petista”, “nossa bandeira jamais será vermelha”, e “vai embora, tira ela daí” foram alguns dos insultos e xingamentos proferidos contra a atriz, que rebateu: “Vocês não são democráticos”. Um homem que passa vai em direção à atriz e a chama de “puta”.
Desde o início do processo de impeachment, Letícia vem se posicionando contra o golpe, participando inclusive, de iniciativas de protesto como o Canta a Democracia, em que um conjunto de artistas denuncia a ruptura institucional e se manifesta contra o governo interino.
“Não fui provocar ninguém, passava pela praça antes de começar a manifestação e parei pra conversar com uma senhora. Meu erro. Preocupa esta falta de democracia no nosso Brasil. Eles não sabem o que fazem”, escreveu a atriz ao postar o registro da agressão no Instagram. (Da RBA)
Confira o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=LVlr0PTUnk4