Por Flávio Luiz Sartori
A divulgação da pesquisa IPSOS, na terça feira 26/07, mostrando resultados diferentes ao do ultimo Datafolha foi uma verdadeira ducha de água fria nos defensores do golpe parlamentar que afastou a presidenta Dilma Roussef.
Incrível como as pessoas que defendem o golpe contra a democracia no Brasil aceitam a mentira com a maior “cara de pau”. A pesquisa IPSOS, ao contrário do Datafolha, que chegou ao absurdo de tentar convencer a opinião pública que apenas 3% dos brasileiros estariam defendendo uma eleição direta como saída para a crise política, mostrou claramente que 38% dos brasileiros desejam que o interino Michel Temer convoque eleições diretas para outubro ainda em 2016, outros 14% dos entrevistados pelo IPSOS responderam que desejam que a presidenta afastada volte para presidência e que convoque novas eleições também para outubro deste ano.
A soma dos dois segmentos de entrevistados pelo IPSOS mostrou que 52% dos brasileiros querem eleições diretas. Diante da discrepância dos resultados apresentados os apoiadores do golpe parlamentar no Brasil, os coxinhas, obviamente que devem ter imaginado, em um primeiro momento, se o IPSOS não seria então uma empresa apoiadora da esquerda, com simpatia pelos movimentos anti golpe parlamentar no Brasil.
Na realidade esta linha de raciocínio nada mais é que pura falta de conhecimento sobre a empresa IPSOS, que não tem nada haver com qualquer ideologia de esquerda, sendo apenas uma empresa que conta com aproximadamente 16 mil funcionários em todo a planeta que esta presente em 87 países, com 40 anos de experiência de mercado e que no Brasil se associou a Marplan, que atuava em nosso país desde o inicio dos anos 60 do século passado.
O IPSOS trabalha com contratos globais, com suporte internacional e global. O IPSOS tem profundo conhecimento dos mercados, dos consumidores e das marcas, sendo a terceira maior empresa de pesquisa de mercado do mundo e também a principal de pesquisas eleitorais e com o detalhe de ter mais de 5 mil clientes em todo mundo, inclusive a própria Folha de São Paulo.
No Brasil, mais 90% do mercado automotivo é cliente do IPSOS. Definitivamente, é praticamente impossível afirmar que uma empresa como IPSOS possa ter algum tipo de ligação com os defensores da volta da Presidenta Dilma ao poder. Mesmo porque o IPSOS é parte dos mercados, sua existência depende basicamente do mercado de consumo, que é sem sombra de dúvidas, parte essencial do capitalismo.
Por isso mesmo o IPSOS apresenta como uma de suas premissas um ponto de vista único sobre os brasileiros, não importando se na condição de eleitores, clientes, consumidores, cidadãos, telespectadores ou internautas. Certamente que no IPSOS trabalham gestores e dirigentes brasileiros que tem suas opções políticas das mais variadas tendências.
No entanto, a empresa tem princípios básicos comprometidos com a verdade, que todos que fazem parte dela precisam seguir. Não pretendemos fazer qualquer tipo de proselitismo em relação ao IPSOS, mas apenas demonstrar como deveria ser a prática diária em uma empresa de pesquisa comprometida com resultados que representem a verdade, porque a cada momento que empresas de pesquisa como o Datafolha praticam a mentira, com a divulgação de falsos resultados, com o intuito de manipular, a perda maior será sempre do próprio segmento da prestação de serviço de pesquisa de mercado e opinião, que será sempre cada vez mais associado a praticas desonestas e não éticas por um número cada vez maior de empresas e cidadãos.