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Lava Jato cria prisão 5 estrelas e prova que o crime compensa no Brasil

Em 500 anos de história, raros momentos o Brasil foi um Estado voltado para o bem-estar da população.

Sempre foi saqueado por elites ávidas em manter o poder. A Lava Jato, comandada pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro, parecia que iria finalmente punir alguns dos saqueadores.

Sem entrar no mérito da culpa dos acusados, até agora a Lava Jato conseguiu se transformar numa força persecutória aos integrantes do PT e provar que o crime compensa para os delatores. A ânsia de caçar petistas ou aliados do PT não existe para outros partidos. Mas isso é apenas um detalhe da Lava Jato.

O melhor é que os delatores fazem os depoimentos, entregam um pouco de dinheiro roubado e, pronto, podem ir de tornozeleira para uma bela mansão curtir a vida com o dinheiro ganho durante os anos em que cometeu saques aos recursos públicos. Ao permitir tais regalias e a manutenção de patrimônio, mesmo como réu confesso e condenado, a Operação Lava Jato criou uma espécie de prisão cinco estrelas.

A vida de luxo de alguns condenados da Lava Jato que assinaram acordo de delação premiada já foi noticiada pela imprensa. O jornalista Lauro Jardim publicou foto do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, tomando sol em uma praia de Angra dos Reis, ao lado de iates, no dia 19 de julho passado.

Outro delator, Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras, vive em um condomínio exclusivo em Itaipava, na região serrana do Rio. É vizinho de executivos e de um ministro do Supremo, que acumulou grande patrimônio como advogado.

Assim descreve a BBC, a situação de outro delator:

“O bairro Dunas, em Fortaleza, uma das áreas mais nobres – e desiguais – da cidade, será o cenário da prisão domicilar de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro que em seu acordo de delação premiada na operação Lava Jato acusou mais de 20 políticos dos principais partidos brasileiros.

Machado, que relatou ter passado R$ 100 milhões em recursos ilícitos, vai iniciar nos próximos dias o cumprimento de três anos de pena em sua casa.

O delator passará seus dias em uma mansão com piscina e quadra poliesportiva, construída num terreno de cerca de 3.000 m² e cercada por outras construções de alto padrão. Segundo corretores imobiliários de Fortaleza, imóveis na mesma região, com piscina e metragem semelhante (entre 2.500 m² e 3.000 m² de área total), custam de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões”.

Entre os vizinhos de Machado está Tasso Jereissati (PSDB-CE), o senador eleito com maior patrimônio declarado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral): quase R$ 400 milhões.”, diz a reportagem.

 

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