Caixa inicia transferência do dinheiro do financiamento dos pobres para os mais ricos

A partir de hoje (25), o governo Michel Temer (PMDB) começa a transferir os recursos da Caixa Econômica Federal que iriam para a população mais pobre para os mais ricos.

O governo limitou os financiamento das faixas mais pobres da população, como o Minha Casa Minha Vida, e liberou o dinheiro para a população mais rica, capaz de comprar um imóvel na faixa de R$ 3 milhões, o dobro do limite de financiamento em vigor até agora, de R$ 1,5 milhão. A partir de hoje, 25/07, os recursos já estão disponíveis.

A mudança foi anunciada na semana passada pela instituição financeira e afeta somente operações de crédito do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI). Essa modalidade de crédito financia imóveis mais caros, sem emprestar dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Além de aumentar o limite de crédito, a Caixa anunciou que passará a financiar uma parcela maior do valor dos imóveis por meio do SFI. A cota de financiamento para imóveis usados subiu de 60% para 70% do valor total. Para a compra de imóvel novo, construção em terreno próprio, aquisição de terrenos e reforma ou ampliação, a cota passou de 70% para 80%.

Nas operações contratadas com interveniente quitante, nas quais haverá quitação de financiamento com outra instituição financeira, a cota de financiamento subirá de 50% para 70%. Até o início do ano passado, a Caixa financiava 70% dos imóveis adquiridos pelo SFI. O teto caiu para 40% em maio de 2015 e tinha sido reajustado para 60% em março deste ano.

As mudanças que entram em vigor hoje afetam as operações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que financia a compra de imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal e de até R$ 650 mil nas demais localidades do país, visto que o governo já havia anunciado cortes nesses programas.

Apesar de serem sistemas diferentes, o SFH financia imóveis com recursos da poupança e do FGTS e o SFI financia unidades de maior valor, com recursos de fundos de pensão, fundos de renda fixa, companhias seguradoras e bancos de investimento, mostra a mudança de prioridades do governo de Michel Temer. Os recursos do SFI poderiam ser usados para ampliar ainda mais o acesso à moradia de baixa e média renda. Em vez de financiar 10 famílias com apartamentos de R$ 300 mil agora vai financiar uma família em um imóvel de R$ 3 milhões. E o mais relevante é que 80% do déficit habitacional do país fica na faixa de até três salários mínimos.  (Agência Brasil e Carta Campinas)

 

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