A Coleção Helga de Alvear é hoje um dos mais importantes acervos de arte contemporânea da Europa, com base em Cáceres, na Espanha. A mostra ficará no primeiro andar do museu e traz obras realizadas a partir da década de 1930, com ênfase na produção de meados da década de 1960 até os dias de hoje.
As peças representam a obra de quase 70 artistas, incluindo nomes influentes da arte moderna, como Wassily Kandinsky, Marcel Duchamp e Josef Albers; artistas relacionados a algumas das principais vertentes do pós-guerra norte-americano, como Donald Judd, Dan Flavin, Bruce Nauman e Gordon Matta-Clark; importantes autores da produção contemporânea, a exemplo de Gerhard Richter, Cindy Sherman, Franz West, Jeff Wall e Thomas Ruff; e outros que começaram a sua trajetória nos últimos 30 anos, como Francis Alÿs, Pierre Huyghe, Mark Leckey, Martin Creed, Marcel Dzama e Chen Wei. Os brasileiros Jac Leirner, Iran do Espírito Santo e José Damasceno também participam da exposição.
Segundo os curadores – Ivo Mesquita, ex-diretor técnico da Pinacoteca, e José Augusto Ribeiro, do Núcleo de Pesquisa em História e Crítica de Arte – a mostra privilegia e justapõe duas vertentes de trabalhos predominantes na coleção, mas que normalmente são vistas como antagônicas na história da arte. “De um lado, obras de inclinação surrealista, com alta voltagem imaginativa, que sugerem situações fantasiosas. E de outro, peças de linguagem geométrica, com formas simples, seriais e autorreferentes, ligadas às vertentes construtivas, à pintura hard-edge, ao minimalismo norte-americano e a manifestações europeias do chamado pós-minimalismo”, explica Mesquita.
A intenção é marcar não só as diferenças entre essas duas vertentes, como apontar para pontos de conexão entre elas. “Fora da ordem aponta para a intensidade enérgica de estruturas com lógica abstrata, frequentemente descritas como neutras, sóbrias ou discretas, e para o que há de cálculo, disciplina e construção em situações de contrassenso e absurdo”, complementa Ribeiro.
A mostra permanece em cartaz até 26 de setembro de 2016 no 1º andar da Pinacoteca – Praça da Luz, 02. A visitação é aberta de quarta a segunda-feira, das 10 às 17h30 – com permanência até às 18h – e o ingresso custa R$6 (inteira) e R$ 3 (meia). Crianças com menos de 10 e adultos com mais de 60 anos não pagam. Aos sábados a entrada é gratuita para todos os visitantes. (Carta Campinas com informações de divulgação)