De acordo com os organizadores, a manifestação é uma forma de lutar contra o preconceito, a discriminação e a opressão pela força militar do governo. “Nos reuniremos em prol dos Direitos Humanos como um todo, por sermos cidadãos e, independentemente do gênero e orientação sexuais, sofremos com a opressão em todo o Brasil”, anotam. Eles prometem fazer novas manifestações se houver repressão policial.
A prefeitura de Campinas, comandada por Jonas Donizette (PSB) não apoio a manifestação. A repressão começou pouco tempo após o fim da passeata, mas houve várias denúncias de ações violentas da Polícia durante a passeata, mas ao final, a PM lançou bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Em nota, a organização criticou a ação violenta da PM. Em nota oficial, a organização do evento repudiou a ação da PM (Veja texto após o vídeo).
Nota oficial:
A XVI Parada do Orgulho LGBT de Campinas ocorreu neste domingo e apesar da falta de apoio material por parte da Prefeitura Municipal de Campinas, nossa manifestação teve grande êxito e reuniu milhares de pessoas pelas ruas da cidade, celebrando a diversidade, repudiando a intolerância e exigindo nossos direitos.
Embora durante a manifestação não tenhamos recebido nenhuma informação sobre ocorrências policiais, diversos de nossos dirigentes receberam denúncias de que a Polícia Militar do Estado de SP teria agido de maneira violenta e truculenta contra dezenas de pessoas que depois do encerramento da Parada encontravam-se na Praça Bento Quirino dançando e se divertindo, de maneira totalmente pacífica. Um de nossos dirigentes, que é também advogado e militante de direitos humanos, dirigiu-se ao local e tomou alguns depoimentos de algumas testemunhas de tais ações violentas.
Manifestamos nosso mais veemente repúdio a qualquer ação de violência por parte da Polícia Militar do Estado de SP e exigiremos a rigorosa apuração de todas as denúncias. É inadmissível que pessoas que encontravam-se simplesmente numa praça se divertindo sofram uma ação dessa natureza.
Além de repudiar esssa violência, a Associação da Parada do Orgulho LGBT de Campinas solidariza-se com as vítimas da truculência policial e se coloca à disposição para ajudar no encaminhamento das denúncias.
As pessoas que sofreram violências por parte da PM ou que testemunharam tais violências podem entrar em contato com a Associação através do celular (19) 9-9339-4111, para que organizemos a coleta de todos os relatos.
E nesta terça-feira, 28/06/2016, Dia Mundial e Municipal do Orgulho LGBT, estaremos reunidos para iniciarmos o processo de avaliação da Parada de 2016 e a preparação para a Parada de 2017. Convidamos às pessoas que sofreram violências por parte da PM ou que testemunharam tais violências a comparecer, pois a primeira parte de nossa reunião será dedicada a receber tais relatos. A reunião acontecerá dia 28/06/2016, às 19h00, na Subsede Campinas da APEOESP, na Rua Barreto Leme, nº. 920, Centro, Campinas.
As denúncias que recebermos serão encaminhadas ao Centro de Referência LGBT de Campinas, à Ouvidoria da Polícia do Estado de SP, ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de SP (CONDEPE) e ao Ministério Público do Estado de SP.
Nada nos fará voltar ao armário! Não à transfobia, à lesbofobia, à homofobia, ao machismo e ao racismo! Pelo fim da violência policial!
Associação da Parada do Orgulho LGBT de Campinas