De acordo com o comunicado do estudantes, o reitor, Jorge Tadeu, anunciou no dia 28 de abril um plano de ‘contingenciamento’ que na prática significará o corte de cerca de R$ 40 milhões do orçamento da UNICAMP. “Esse corte congelará os concursos, a contratação de professores e funcionários e afetará a carreira docente. A continuidade das obras, a manutenção de prédios e o atendimento à infraestrutura da universidade serão paralisados. Muitos institutos, faculdades e também os colégios técnicos ligados à UNICAMP, o COTUCA e COTIL, serão afetados, com destaque para a área da saúde que terá cortes de gastos nos plantões e a reposição de médicos e enfermeiros será reduzida’, afirmaram.
Além disso, ressaltam que “serviços como transporte fretado e cópias de impressão serão parcialmente cortados e já acontecem novas demissões de trabalhadores terceirizados, que já têm um trabalho ultra-explorado e salários injustos. Se depender do plano da reitoria a moradia estudantil, que foi conquistada pela luta dos estudantes, mas há vinte anos não atende a demanda, terá seus problemas aumentados (hiperlotação, falta de camas, curtos na rede elétrica, infiltrações etc.) e a ampliação não acontecerá, ao contrário das falsas promessas do Tadeu. As bolsas que garantem a permanência dos estudantes serão reduzidas, inclusive aquelas que (absurdamente) exigem a contrapartida do trabalho. O corte fortalece também o racismo estrutural da universidade, mantém a restrição do acesso da juventude negra à UNICAMP, que continua sendo a “diferentona”, por não possuir uma política de cotas étnico-raciais. Não aceitaremos nenhum desses ataques, por isso ocupamos a reitoria e queremos que todas as nossas reivindicações sejam atendidas!’, anotaram.