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Usuário de shopping de Campinas denuncia abordagem preconceituosa

Usuário do Shopping Parque das Bandeiras, em Campinas, Wilson Queiroz publicou em rede social o relato de um estranho controle de acesso por parte dos seguranças do shopping. Segundo Queiroz, os seguranças do Shopping estavam abordando adolescentes e algumas pessoas que foram ao local de ônibus ou que evitaram pagar estacionamento. Ele fotografou uma mãe com dois filhos adolescentes sendo barrados e exigindo documentos. Veja abaixo relato publicado no Facebook:

Resolvi levar a minha filha Lívia ao Shopping Bandeiras, localizado na Avenida John Boyd Dunlop, para realizar um tratamento capilar que é oferecido neste shopping. Na entrada(ambos a pé) percebi que os seguranças fizeram menção de me abordar, não concretizando a abordagem de fato. Entre olhares, e subtendidos não o fizeram. Depois que terminamos o tratamento, agora a pouco, por volta das 16h40, retornei pela mesma entrada, já que prefiro deixar o carro do lado de fora do estacionamento do shopping e economizar caro valor cobrado pelo estacionamento deste estabelecimento.
Pois bem quando estávamos(Eu e a Lívia) indo em direção a saída do Shopping, os seguranças continuavam na entrada no shopping, conforme foto abaixo. Agora parei para prestar atenção no que estava acontecendo. Os guardas estavam(estão) abordando/afrontando todos e todas as adolescentes que se apresentavam para adentrar ao referido local. Nenhum, absolutamente nenhum adolescente, poderiam adentrar aquele espaço sem está acompanhado dos devidos responsável e com a apresentação de documento, pelo que pude averiguar.
Além disso mesmo aqueles adolescentes que em companhia de familiares ou responsáveis, precisavam apresentar/comprovar o parentesco, apresentando documentos pessoais.
Tirei a foto de uma mãe com dois filhos aparentando por volta de 13 a 15 anos, que mesmo evidenciando o parentesco foram barrados e interpelados pelo segurança. Obrigando o rapaz a apresentar o documento.
Ao perceber que estava fotografando um dos segurança me abordou, perguntando o que fazia. Disse que estava fotografando a situação para postar no Facebook e denunciar o que eles(o shopping) estavam fazendo com os cidadãos-clientes.
A foto tirada da família em foco, preservo por não ter pedido a autorização para torna´la publica, mas efetivamente tenho a prova no momento em que a mãe ao se ver impotente diante da situação, ao ver seu filho e a família sendo afrontada(“no paraíso das compras e do bem viver”) cruza os braços indignada e o filho prontamente pega a carteira e começa o rito de comprovação e resposta para a abordagem criminosa feita com todos. Ao lado ainda é possível perceber a irmã também incomodada com toda a situação.
Ao passar pelo portão, ainda foi possível perceber por volta de 8 a 10 adolescentes vivenciando a mesma situação de não poder adentrar a um espaço de circulação cotidiana pelo simples fato de desde a entrada serem tomados como suspeitos, e por que não dizer criminosos em potencial.
Ai entendi os olhares lançados a mim e a Livia, quando chegamos. Hoje ela e eu fomos “poupados em parte do constrangimento”, mas em breve será a vez dela( a Lívia)?
Questões para resolvermos juntos.
Quem autoriza tal abordagem? Qual a legitimidade desta ação?
O que o Estatuto da Criança e Adolescente Aponta sobre esta atitude? Quais os encaminhamentos para elucidar essa situação?
Criminalizar a Juventude até quando? (Do Facebook de Wilson Queiroz)

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