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PSOL em nota diz que Sérgio Moro rompeu regras democráticas básicas

O PSOL soltou nota sobre a grave crise política do país. Na nota, o partido diz que Sérgio Moro fez um claro uso político da Justiça. “Somos contra a saída gestada pelos partidos da oposição conservadora, pelo grande capital e pelos grandes meios de comunicação. O impeachment, instrumento que só pode ser usado com crime de responsabilidade comprovado, se tornou uma saída para negar o resultado das urnas”, afirma. Veja nota completa

Saída pela Esquerda

Face à velocidade dos últimos acontecimentos e a radicalização da crise política, tomamos um posicionamento firme e sem meias palavras:

1. Somos oposição programática e de esquerda ao governo Dilma. Combatemos suas políticas regressivas e questionamos as concessões feitas ao grande capital. Diante da atual crise, do ajuste fiscal e da retirada de direitos, é inegável que este governo tem se afastado dos reais anseios da maioria da população.

2. Somos favoráveis a toda e qualquer investigação, desde que respeitado o Estado Democrático de Direito, sem seletividade ou interferências externas. É preciso que se desvendem as relações promíscuas entre os Poderes da República e o grande empresariado.

3. As últimas atitudes do juiz Sérgio Moro representam claro uso político da Justiça e comprometem o trabalho desenvolvido pela Operação Lava Jato. Atitudes que possuem objetivos midiáticos rompem regras democráticas básicas e favorecem a estratégia de um golpe institucional.

4. Somos contra a saída gestada pelos partidos da oposição conservadora, pelo grande capital e pelos grandes meios de comunicação. O impeachment, instrumento que só pode ser usado com crime de responsabilidade comprovado, se tornou uma saída para negar o resultado das urnas, com o propósito de retirar a presidenta Dilma do poder, buscando um “acordão” para salvar outros citados nas investigações da Lava Jato. A troca de governo acelerará os ajustes pretendidos pelos poderosos, retirando direitos dos trabalhadores e atingindo nossa soberania.

5. A saída é pela esquerda. É necessário promover uma reforma política profunda, com ampla participação popular, ter coragem de mudar radicalmente os rumos da economia, auditar a dívida pública, priorizar o consumo e a produção, taxar as grandes fortunas e baixar a taxa de juros de forma consistente. Propostas não faltam. Mas é preciso coragem para contrariar interesses do grande capital.

Assinam:
Deputado Federais:
Ivan Valente (PSOL/SP)
Chico Alencar (PSOL/RJ)
Glauber Braga (PSOL/RJ)
Jean Wyllys (PSOL/RJ)
Luiza Erundina (PSOL/SP)
Edmilson Rodriguess (PSOL/PA)

Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL/RJ)

Leonel Brizola Neto – Vereador – Rio de Janeiro

Luiz Araújo – Presidente Nacional do PSOL

Juliano Medeiros – Presidente da Fundação Lauro Campos
Bernadete Menezes – Direção Nacional do PSOL
Kauê Scarim – Direção Nacional do PSOL
Técio Nunes – Direção Nacional do PSOL
Jorge Paz – ex-candidato à vice-presidência da República
Mário Azeredo – Comissão de Ética Nacional do PSOL e Executiva Estadual do PSOL/RS

Ronaldo Santos – Direção Nacional e Presidente do PSOL/BA

Juninho – Presidente estadual do PSOL SP

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