No Paraná, com 50 dias de greve, a violência policial contra os servidores públicos, manifestantes e jornalistas mostrou quem era a PM do governador Beto Richa (PSDB).
Em São Paulo, a truculência da PM contra os estudantes não foi diferente com o projeto de “reorganização” das escolas. Após o levante dos secundaristas pelas ruas e pelas mais de 200 ocupações, Geraldo Alckmin (PSDB), que não recuou durante a greve, cedeu, temporariamente, às reivindicações e suspendeu a aplicação do plano para 2016.
Em Goiás, desde dezembro, os estudantes seguem na luta contra a militarização do ensino e a imposição do governador Marconi Perillo (PSDB), em transferir a gestão das escolas públicas a organizações sociais. Até o momento, são 27 escolas ocupadas.
Nos estados governados pelo PSDB, o modelo é transferir a escola pública para a iniciativa privada. De acordo com o National Center of Education Statistics (NCES), o número de escolas públicas norte-americanas administradas pela iniciativa privada, conhecidas como ‘Escolas Charters’, soma mais de 6 mil, em funcionamento desde 1999. No Brasil, os estudantes de Goiás seguem na luta contra a imposição do governador Marconi Perillo (PSDB) em transferir a gestão das escolas públicas a organizações sociais, além da militarização do ensino.
Em 2006, os secundaristas chilenos foram às ruas pedir o passe livre estudantil e melhorias para o sistema educacional a então recém-empossada presidente Michelle Bachelet. O movimento, que resultou no documentário “Revolução dos Pinguins”, do diretor Carlos Pronzato, inspirou a luta e as mais de 200 ocupações dos alunos da rede estadual paulista contra o projeto de “reorganização” das escolas do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A aplicação do plano foi suspenso até 2016.
Neste vídeo, o Diretor da Faculdade de Educação da UNICAMP, Luiz Carlos de Freitas, explica em que contexto está inserido projeto do PSDB para a educação pública. (Laura Capriglione e Jeniffer Mendonça do Jornalistas Livres; edição Carta Campinas)