As atrações musicais ficam por conta do violeiro João Arruda e da Bateria Alcalina, que reúne samba com os ritmos africanos, e os corais da Sociedade Hípica de Campinas e dos Funcionários da Prefeitura Municipal de Campinas. Há também uma praça de alimentação com os pratos dos “Food Trucks”.
A Bateria Alcalina nasceu em 2003, em Campinas, com um trabalho de expressão musical popular e um repertório que mistura elementos de diversas manifestações carnavalescas brasileiras, criando uma festa popular de rua envolvente e descontraída. Além do samba, interpreta diversos ritmos afro-brasileiros adaptados para a formação de bateria de escola de samba. Estão no repertório ritmos tradicionalmente tocados com atabaques, alfaias, djembês e outros instrumentos que são adaptados para surdos, caixas, repiniques, tamborins, chocalhos, reco-recos, pratos, timbau e agogôs de quatro bocas: maculelê, coco, afoxé, samba reggae, funk, carimbó e ritmos criados pelo grupo.
A exposição “Paisagem Silenciosa”, do fotógrafo Martinho Caires, propõe um itinerário pela solidão urbana e uma imersão no discurso do silêncio’. São mais de 30 fotos, concebidas em momentos distintos da trajetória do fotógrafo. Entre elas estão tanto imagens da década de 1990, obtidas com equipamento analógico, como fotos digitais, produzidas desde o início do século XXI. A exposição permite ao observador acompanhar a evolução do olhar crítico do fotógrafo sobre o que significa ser humano no ecossistema urbano. A curadoria tem assinatura de Ligia Testa, produtora cultural e responsável pela concepção e organização de várias mostras individuais e coletivas.
O recorte no acervo do MACC contextualiza os anos 60 e ilustra a importância da arte brasileira na luta contra o estruturalismo e outros “ismos” políticos e sociais. Retrata a tendência figurativa e as preocupações estéticas que todos os artistas tinham em comum, também expressa caráter debochado, crítico e altamente polêmico nas artes visuais que conjecturam uma sociedade urbana de consumo e de linguagens de meios de comunicação massiva.
A Espaço Expressão Cia. de Dança apresenta o projeto “Rememorações do Chão” que investiga corporalmente e socialmente as pulsações advindas da natureza e da cultura do povo do Vale do Paraíba.
Resgata as sensações de contato dos pés no chão, da fluidez do rio, do alimento gerado nesta terra que faz surgir algo novo na contemplação das forças naturais do lugar, no olhar para essa comunidade que canta junto possíveis diferenças e festeja formas simples de viver. As sensações, os sentimentos, as recordações e a dança são celebrados para sustentar a memória do que foi construído num caminho de séculos por tropeiros, índios e escravos.
Na criação do espetáculo, além de uma pesquisa histórica aprofundada sobre a vida do caipira do Vale do Paraíba, os bailarinos foram levados a suscitar as memórias corporais do lugar onde nasceram e cresceram ou de suas lembranças da região.
A trilha sonora, composta por compositores regionais (como o grupo Piraquara) e grandes nomes da música que cantam a vida do caipira, também é composta por depoimentos de moradores de diversas cidades do Vale, o que permite entrar em contato com o modo de vida da região.
A entrada é gratuita. (Carta Campinas com informações de divulgação)
“Quinta no Museu”
Quando: 17 de Dezembro (Quinta-feira)
Horário: 17h às 22h
Onde: Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) – Av. Benjamin Constant, 1633, Centro – Campinas
Entrada gratuita