Ontem, a manifestação foi organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), com participação de entidades que compõem o Grito pela Educação Pública de Qualidade no Estado de São Paulo. “Em vez de dialogar, o governo tem usado polícia como método. Em vez de abrir o debate em torno de uma política educacional includente, tem enfrentado os estudantes que estão fazendo as ocupações e, de forma muito guerreira, fazendo uma luta contra essa reorganização”, disse a presidente da Apeoesp, Maria Isabel Noronha.
O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (Umes), Marcos Kauê, ressaltou que os estudantes estão fazendo história e iniciando a mudança do país: “Dizem que a juventude é o futuro do país, que a juventude vai mudar a situação que está posta. Então, nós estamos começando pelas nossas escolas e tornando as escolas cada vez mais democráticas. A gente sabe como faz e como a gente tem força”.
Para o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, a reorganização proposta pelo governo é uma política alinhada com o ajuste fiscal e pretende fechar escolas para economizar dinheiro: “Essa reorganização é uma política de corte de verbas, de ajuste fiscal no estado de São Paulo, aplicada da maneira mais perversa na área da educação, com fechamento de escolas e com superlotação de salas de aulas de outras escolas. Não se trata aqui de debate de alternativas pedagógicas, se trata de um debate de um governo que quer economizar dinheiro fechando escolas”.
Estudantes fazem Protesto
Os estudantes que participam do movimento contra o projeto de reorganização escolar em São Paulo protestam na manhã de hoje (3) e bloqueiam diversas vias. O ato com maior número de manifestantes ocorre no terminal de ônibus do Butantã, na zona oeste da capital, e é organizada por estudantes da escola Fernão Dias em Pinheiros, ocupada por estudantes.
O grupo iniciou caminhada por volta das 8h pela Marginal Pinheiros, perto da ponte Eusébio Matoso, de onde seguiu até o terminal Butantã. Eles pretendem retornar à Avenida Brigadeiro Faria Lima, onde devem continuar o protesto.
Outros manifestantes bloquearam a Estrada do M’Boi Mirim, Avenida Professor Francisco Morato, Avenida João Dias, Marginal Pinheiros, Rua Heitor Penteado.
O projeto da Secretaria de Educação prevê o fechamento de 93 escolas no estado de São Paulo e a transferência de 311 mil estudantes.(Agênia Brasil)