Artista plástico reconhecido no Brasil e exterior, Jerci iniciou sua carreira artística nos anos 70 em Valinhos, sendo aluno do professor de pintura acadêmica Sebastião Guimarães, o “Tião Guimarães”. Tião reconhece logo no início que seu aluno tinha tendências modernistas, incentivando Jerci a progredir nessa linha de trabalho, mudando de professor a amigo. Artista autodidata, Jerci integrou o Movimento artístico plástico modernista de Campinas.
Suas obras versam sobre o cotidiano do homem rural, relembrando sua infância onde trabalhou com sua família em Francisco Beltrão (PR). São telas em cores vibrantes, com figuras de homens, mulheres e crianças e o trabalho no campo. Figuras sem rosto definido, plantando, colhendo uvas, crianças brincando. Mostra a simplicidade do lavrador. Como Candido Portinari o tema essencial é o Homem. Existe uma temática social, mas também a temática lírica, o ser humano em situação de ternura, companheirismo, paz. Interesse social mistura-se à arte. Através da arte, o artista fica próximo de seus familiares e amigos, relembrando a vida singela no campo que não existe nas grandes cidades.
Suas obras têm características modernas, com influências do cubismo. Os traços, as cores vibrantes, a temática, têm como resultado obras que transportam o espectador ao campo, levando muitos a pensar sobre o tema e comparar com a vida atual na cidade, outros a ter saudades da simplicidade, da solidariedade entre as pessoas.
O artista participa da vida cultural de Valinhos, Campinas e várias cidades da região e de Santa Catarina, onde nasceu. Tem prestígio entre as instituições culturais, recebendo vários convites para realização de exposições e criação de grandes obras, painéis, como o mural da APAE em Valinhos.
Sucesso absoluto algumas de suas obras foram reinterpretadas por alunos do Colégio Notre Dame de Campinas, resultando em um painel de 6 metros de altura e mais de 20 metros de largura, com figuras e paisagens das obras de Jerci, sob orientação das professoras de arte do colégio, coordenação de Sandra Manzato e Sílvia Marchiori, fazendo parte do cenário e da decoração durante a festa junina em 2015. A repercussão foi tão grande que a Secretaria de Cultura de Valinhos pediu permissão para montar esse mesmo painel no Festival de Cultura Popular Revelando São Paulo, em setembro de 2015.
Seu currículo inclui centenas de exposições individuais, coletivas, participações em júris, Salões de Arte Contemporânea, entre outros. Possui obras nos acervos da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, do Grupo BASF, do Banco Unión, da Prefeitura Municipal de Botucatu, e muitos outros.
Além de pintar dedica-se ativamente à música, como violinista na Orquestra Filarmônica de Valinhos.
A exposição poderá ser vista gratuitamente até o dia 11 de janeiro de 2016 no Julie Bakery Café, localizado na Rua Bandeirantes, 415 – Cambuí, Campinas. Horário de visitação: 3as às 5as feiras, 10h30 às 20h, 6ª feira e sábado até 21h, domingo das 13h30 às 18h. (Carta Campinas com informações de divulgação)