Fui ao rio…
Fui ao rio e o sentia
próximo de mim, diante de mim.
Os ramos tinham vozes
que não chegavam a mim.
A corrente dizia
coisas que eu não entendia.
Quase me angustiava.
Queria compreendê-lo,
sentir o que nele o céu pálido e vago dizia
com suas primeiras sílabas alargadas,
mas não conseguia.
Retornava.
– Era eu o que retornava? –
na angústia vaga
de sentir-me só entre as coisas, últimas e secretas.
De repente senti o rio em mim,
corria em mim
com suas margens trêmulas de sinais,
com seus fundos reflexos apenas estrelados.
Corria em mim o rio com suas ramagens.
Eu era um rio ao anoitecer
e suspiravam em mim as árvores
e se apagavam em mim as veredas e o capim.
Me atravessava um rio, me atravessava um rio!
(tradução de Ricardo Domeneck)
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