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Governo Alckmin joga fora a janela demográfica que permite melhorar a educação

Alguns pensam que a corrupção é o maior problema do Brasil. Mas com certeza não é, principalmente perto de políticas públicas que inviabilizam qualquer sociedade.

Veja o caso do governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo. O governador joga fora uma janela histórica que permite melhorar a educação. É a janela demográfica.

Pelo menos desde 2004, vem caindo o número de matrículas nas escolas públicas de São Paulo e de forma mais acentuada nos últimos anos. Isso acontece em todo o Brasil.

No entanto, o orçamento continua crescendo. O orçamento de 2004 do governo de São Paulo foi de R$ 61 bilhões. Já este ano de 2015, o orçamento  nas mãos de governador Alckmin é de R$ 204 bilhões.

Ao mesmo tempo que o orçamento aumentou significativamente, o número de estudantes diminuiu. Esse é o chamado Bônus Demográfico. O governo tem mais recursos para investir sem expansão da rede de ensino. Ele mantém a mesma estrutura de educação com quase quatro vezes mais recursos financeiros.

É uma janela história para melhorar de forma significativa a qualidade e a quantidade do ensino, que atualmente é medíocre. Alckmin tem nas mãos a chance de tirar a educação de São Paulo da mediocridade.

O governo tem a janela histórica para transformar a educação de São Paulo em uma educação realmente de qualidade, dando uma formação integral aos alunos e melhorando as condições de trabalho dos professores, reduzindo o número de alunos por sala de aula etc.

Mas Alckmin joga fora.

Ele anunciou um plano de reorganização escolar cujo objetivo é dividir as escolas públicas do estado por ciclos.  Mas, na verdade, esta reorganização serve para fechar escolas públicas para permitir a demissão de professores e funcionários, além de superlotar ainda mais as salas de aula. Segundo o próprio secretário de Educação de São Paulo, Herman Voorwald, o plano pode fechar até mil escolas. Assim, o governo reduz custos com educação, mantendo-a sucateada.

Alckmin segue à risca um modelo perverso. Fecha escolas que já são medíocres e abre presídios.

É a tragédia paulista. Esqueçam a corrupção em São Paulo.

 

 

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