O vídeo mostra o dia a dia dos médicos e enfermeiras do HC da Unicamp que têm a tarefa diária de aumentar o número de transplantes por meio do aperfeiçoamento das práticas ligadas à doação de órgãos. Focado na captação e nos doadores cadáveres, o documentário retrata as particularidades do trabalho desses profissionais que têm que falar sobre doação com famílias que estão perdendo entes queridos.
Para o neurologista, coordenador do SPOT HC-Unicamp e fonte do documentário, Luiz Antonio da Costa Sardinha, a mídia precisa divulgar que sem doador, não há transplante. “O fato é que a sociedade precisa do transplante e quem supre essa demanda é a própria sociedade, mas essa conexão raramente é feita. A doação começa com a equipe de captação de órgãos. Nós temos sim que respeitar, e muito, o transplantado, mas também devemos aprender a reverenciar o doador”, lembra. Sardinha ainda ressalta que o grande vilão da etapa de captação ainda é a falta de informação.
Com duração de 28 minutos, o filme foi dirigido pelas jornalistas Beatrice Costa, Camila Correia, Natália Mitie e Mayara Lima. Formadas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, elas começaram a desenvolver o projeto em agosto do ano passado.
Apesar do Brasil ser referência mundial em transplantes, este ano, devido a uma queda nacional na doação, a meta de transplantes dificilmente vai ser atingida. Conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no primeiro trimestre de 2015, 43% das famílias abordadas pelas equipes dos hospitais não autorizaram a doação. O número de doadores notificados caiu 1,4% e o de doadores efetivos, 0,8%. Por causa disso, a meta para este ano foi revista. Antes era de 17 doadores por milhão de habitantes. Agora passou de: 15 a 15,5 doadores por milhão de habitantes. No Brasil 95% das cirurgias são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). (Carta Campinas com informações de divulgação)