A iniciativa é do Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia para a Cidade Universitária da UFRJ, programa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, criado por decreto governamental em 2012. É uma parceria entre o governo fluminense, a distribuidora Light e a universidade para financiar projetos de desenvolvimento sustentáve no campus universitário. Os projetos financiáveis são aprovados pelo Conselho do Fundo Verde e passam por licitação pública.
Construído em área de 651,64 metros quadrados, o estacionamento – com capacidade para 65 carros – abriga 414 painéis solares fotovoltaicos, com capacidade de geração de 140 mil kilogawatts-hora (MWh) por ano. A energia é suficiente para abastecer até 70 famílias de quatro pessoas cada, cujo consumo médio atinge 167 quilowatts-hora (KWh) por mês. A energia gerada será usada para consumo próprio da universidade. O investimento no projeto soma R$ 1,6 milhão.
Para a gerente do Escritório de Projetos do Fundo Verde, Andrea Santos, a ideia é ampliar a participação da energia solar no campus, devido ao grande consumo de energia elétrica. “Por isso, inserimos uma fonte renovável”, disse.
O orçamento do Fundo Verde, estimado em torno de R$ 7 milhões anuais, resulta da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado na conta de luz do ‘campus’, na Cidade Universitária. A energia que deixará de ser consumida representa uma economia na conta de luz da universidade em cerca de R$ 40 mil por ano. “Estaremos gerando (energia) e alimentando a rede”, afirmou a gerente do escritório.
A empresa Kyocera Solar do Brasil, de origem japonesa, fez a instalação dos painéis solares que vão evitar a emissão de cerca de 70 toneladas de gás carbônico na atmosfera a cada ano. A energia gerada será inserida na rede da Light que abastece o campus, disse o diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Edson Watanabe. Para ele, com o projeto, a UFRJ se torna “um pouquinho mais” eficiente no uso dos recursos naturais. O estacionamento está conectado à subestação do Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem da Coppe.
No momento, o Fundo Verde está analisando o segundo projeto de fonte solar, para instalação de placas utilizando a tecnologia de filmes finos de semicondutores, considerada mais leve e, por isso, adequada para ser usada em estrutura de telhados. O alvo, no caso, é o Hospital Pediátrico da Cidade Universitária. Andrea Santos informou que o edital para o projeto deve ser divulgado até a próxima semana, prevendo-se a licitação para setembro. O projeto também vai gerar energia e alimentar a rede elétrica.
O fundo ainda pode financiar projetos-piloto demonstrativos que seriam replicados em outras cidades e instituições no país, além de contribuir com a sustentabilidade da Cidade Universitária da UFRJ. (Agência Brasil/ Alana Gandra)