O racionamento tem deixado, segundo a secretaria, diversos bairros, que ficam em locais mais elevados praticamente sem água. “As reduções determinadas pela Sabesp representam torneiras secas nas casas dos moradores, uma vez que não existe pressão suficiente para garantir a normalidade do abastecimento” ressaltou a autarquia municipal que classificou a situação como “caos”.
Em comunicado por meio da internet, a Sama recomenda aos moradores que economizem e façam armazenamento de água. “Enquanto estivermos vivendo esta crise hídrica haverá dias sem e com água. Principalmente nos locais mais distantes dos reservatórios e em lugares mais altos”, diz a nota que atribui o problema aos cortes feitos pela Sabesp.
O serviço municipal de saneamento ambiental de Santo André (Semasa) considera a possibilidade de adotar, a partir de setembro, o rodízio – racionamento escalonado – alternando dias com e sem abastecimento. “Época em que as temperaturas começam a se elevar e o consumo, consequentemente, se eleva também,” justifica a nota.
A cidade, que também fica na região do ABC, teve o fornecimento reduzido no início de julho de 1,85 mil l/s para 1,75 mil l/s. O volume é 26% menor do que o ofertado até março de 2014. “A situação se agrava porque a vazão da Sabesp para Santo André não tem regularidade, ou seja, há períodos do dia em que o envio fica muito abaixo dos 1.750 litros por segundo, e isso sem aviso prévio da companhia estadual. Em consequência, o secretaria fica sem água para oferecer a toda cidade de forma equilibrada,” observa a autarquia.
A Sabesp é responsável por 96% do abastecimento em Santo André, o restante da população é abastecida pela Estação de Tratamento de Água Guarará.
Até o fechamento dessa reportagem, a Sabesp não havia respondido aos questionamentos da Agência Brasil.(Agência Brasil/ Daniel Mello)