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Economia solidária deve englobar microempreendedores, defende Moromizato

Maurício Moromizato

O vice-presidente de economia solidária da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e prefeito de Ubatuba (SP), Maurício Moromizato (PT), defende uma transformação nos projetos de economia solidária. Para ele, a economia solidária deve atingir um novo patamar nos próximos anos, saindo da área rural (agricultura familiar) para fortalecer os microempreendedores da área urbana. “O que eu percebo é que, com as mudanças do mundo do trabalho, a economia solidária tem um grande potencial de assumir uma centralidade nessa discussão e ser a alavancadora de uma outra economia”, afirmou em entrevista o site Brasil Debate.

Para ele, é preciso discutir a economia solidária do ponto de vista da economia criativa, do ponto de vista da formalização desses microempreendedores, sobretudo levando em consideração a realidade econômica e social de cada município. “Eu entendo, por exemplo, que a questão da economia solidária no meio urbano vai passar por questões como tecnologia da informação, por pequenos empreendimentos específicos locais”, diz.

Moromizato quer que os programas de economia solidária iniciem um segundo momento, que seria a questão urbana, já que mais de 80% da população brasileira está concentrada nas cidades. E para isso é necessário que os empreendimentos solidários sejam ampliados e criados nas cidades. “O que são os ambulantes, os músicos, os pescadores são senão atividades econômicas solidárias? É preciso, portanto, incentivar e na maioria das vezes tirar da informalidade e trazer para economia formal, seja através de cooperativas ou de pequenos empreendimentos individuais”, afirma. (Carta Campinas – entrevista completa no Brasil Debate)

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