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Casal é espancado em restaurante por ter ‘tatuagem e cabelo rosa’

Por Pedro Henrique Nunes

Márcio Kamiza –

Na ocasião em que comemoraria o aniversário de 46 anos, a cozinheira Adriana Aranha e o marido, o eletricista Márcio Kamiza, foram espancados a chutes e pontapés por empregados, incluindo o dono, da Cantina do Magrão, restaurante localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

O casal iria de almoçar no local, na última quarta-feira (29), quando sofreu um tratamento rude do manobrista, que, segundo Adriana, pediu que tirassem o carro da frente do restaurante, pois iria estacionar outro ali. A cozinheira entrou para reclamar com o gerente e, na saída, foi hostilizada pelo dono do estabelecimento, Luiz Antônio Sampaio, que teria afirmado que “pessoas tatuadas e com cabelo rosa não eram bem-vindas lá”, referindo-se a ela.

Márico Kamiza –

O casal discutiu com o dono, mas, receoso, resolveu ir embora. Antes de entrar no carro e deixar o local, segundo relataram, Márcio recebeu um soco no rosto e começou a ser espancado, quando outros funcionários do restaurante, incluindo o manobrista e dois filhos do dono, aderiram ao espancamento. Na tentativa de impedir a agressão, Adriana, que utiliza prótese no joelho e se locomove com o auxílio de uma bengala, foi jogada ao chão e também foi espancada. Ambos tiveram hematomas e perfurações, e o rapaz levou três pontos na região dos olhos.

“Quando eu estava deitada, tentei me defender e só conseguia gritar ‘Polícia! Polícia!’. Felizmente, pouco tempo depois, algum transeunte interveio e eles pararam de bater. Quando tentei levantar nem sabia se meu marido estava acordado”, disse Adriana em entrevista ao Carta Campinas. Logo após o episódio, o casal ligou para a Polícia e registrou Boletim de Ocorrência. Um processo na Justiça já está em andamento.
Ainda segundo Adriana, seu marido permanece em repouso e, após a entrevista, ela iria ao IML (Instituto Médico Legal) para realizar exame de corpo de delito, acompanhada de seu advogado.
O dono do estabelecimento disse que só se defendeu das agressões. E em relação às publicações de Adriana no Facebook, ele afirmou que irá se defender na Justiça.

Repercussão nas redes sociais
Após um depoimento de desabafo e indignação que Adriana publicou na internet, o caso viralizou nas redes sociais. “Vi que muita gente ficou indignada com a atitude preconceituosa do dono do restaurante. Mas o que mais me espantou foi a barbárie, a violência gratuita, que foi independente da ofensa”.
No dia do episódio, uma página não-oficial da Cantina do Magrão no Facebook recebeu dezenas de avaliações negativas, com depoimentos de conhecidos do casal e demais usuários que repudiaram a atitude violenta. A página se encontra fora do ar desde quarta à noite.

 

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