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Artistas protocolam cartas ao prefeito de Campinas cobrando criação de Conselho

1ª Conferência Extraordinária de Cultura realizada em agosto de 2014

Uma enxurrada de cartas protocoladas na Prefeitura Municipal de Campinas pede a mesma explicação: por que até o presente momento o poder público da cidade não encaminhou à Câmara de Vereadores o projeto de lei que cria o Conselho de Políticas Culturais de Campinas, conforme a decisão unânime dos participantes da 1ª Conferência Extraordinária de Cultura, realizada nos dias 15 e 16 de agosto de 2014?

Diversos grupos, coletivos artísticos, produtores culturais e artistas independentes estão, por meio das cartas, questionando formalmente a Prefeitura Municipal de Campinas quanto ao atraso na implementação do Conselho, fundamental para a conclusão da adesão do município ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), que prevê destinação de recursos financeiros a políticas públicas para a cultura na cidade.

Cerca de cem pessoas da sociedade civil organizada, movimentos culturais e a própria Secretaria Municipal de Cultura de Campinas, reuniram-se no ano passado na Conferência Extraordinária de Cultura, realizada na Estação Cultura, e aprovaram uma minuta de Projeto de Lei do novo Conselho de Políticas Culturais, resultado de um intenso processo de debates e formulações durante mais de seis meses. A Conferência Extraordinária de Cultura que aprovou a criação do conselho foi presidida pelo próprio secretário de cultura, Ney Carrasco.

Campinas é a cidade de maior produção cultural do interior do estado de São Paulo e muitas das ações culturais desenvolvidas só se viabilizam por meio de recursos públicos. Apenas para se ter uma ideia, em 2014, a Secretaria de Estado da Cultura recebeu 242 projetos pleiteando recursos do Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo (Proac – editais). Destes, foram contempladas 43 ações que movimentaram aproximadamente R$3,5 milhões.

A Prefeitura de Campinas aderiu oficialmente ao SNC no dia 29 de janeiro de 2013, em cerimônia oficial no Ministério da Cultura, com a presença do prefeito Jonas Donizette e da então ministra Marta Suplicy. Em até dois anos após esta adesão, para ter acesso a recursos federais, o município deveria ter criado o Sistema Municipal de Cultura, que é composto de três eixos: um conselho de cultura deliberativo, para poder gerir de maneira participativa a aplicação destes recursos, um plano municipal de cultura para os próximos 10 anos e um fundo para a aplicação dos recursos.

Diante da expressiva produção cultural da cidade de Campinas e da necessidade dos grupos artísticos terem acesso a recursos financeiros que possam financiar seus trabalhos, garantindo uma programação cultural diversa, ampla e de qualidade à população da cidade e da região, a criação do Conselho é de grande importância. Os artistas já cobraram o cumprimento por parte do Executivo das deliberações da 1ª Conferência Municipal Extraordinária de Cultura, com a publicação de uma moção assinada por vários coletivos e entidades. Até agora, no entanto, nada foi feito. As cartas estão sendo protocoladas ao prefeito Jonas Donizette, com cópia ao secretário de Cultura Ney Carrasco. (Carta Campinas com informações de divulgação)

 

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