O livro foi editado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e está disponível no Canal Ciência, portal de divulgação científica do Ibict, em cooperação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As 50 espécies do livro representam os diferentes grupos taxonômicos e biomas e são espécies muito conhecidas como desconhecidas pelas crianças, como a arraia-aramaçá, a ararinha-azul, o tatu-bola, a fadinha, o pato-mergulhão, o tamanduá-bandeira, o balança-rabo-canela e o peixe-boi-marinho.
As ilustrações que compõe o livro foram feita por 76 crianças de diversas regiões do Brasil e as histórias, escritas por Otávio Maia e Tino Freitas, trazem humor e afeto e tentam despertar a afetividade no leitor e reforçar a relação de equilíbrio entre a fauna e o meio ambiente. O livro também traz explicações, curiosidade e citações de autores como Guimarães Rosa, Helmunt Sick, Manoel de Barros e Orlando e Cláudio Villas Bôas. Na página 9 do livro, há também um desenho feito por um dos filhos do naturalista britânico Charles Darwin no verso de uma das folhas do manuscrito original A Origem das Espécies, de 1859, livro que apresenta a teoria da evolução.
Maia, que é analista de Ciência e Tecnologia do Ibict e conteudista do Canal Ciência, explica que a ideia de um livro sobre as espécies ameaçadas surgiu em 2012, enquanto selecionava desenhos para outra publicação do Ibict, o Vocabulário Ambiental Infantojuvenil.“Após encantar-me com dezenas de desenhos feitos pelas crianças da Escolinha de Criatividade (Biblioteca Pública) sob a batuta da professora Beatriz Almeida e sua trupe docente liguei para Tino Freitas e disse algo como: ‘precisamos fazer um livro sobre as espécies ameaçadas de extinção. Temos desenhos sensacionais aqui!’” , disse.
O Livro Vermelho das Crianças não será comercializado, aqueles impressos pelo Ibict serão distribuídos entre os participantes do Concurso de Desenhos Animais em Perigo, de onde as ilustrações do livro foram escolhidas. As instituições interessadas em utilizar ou distribuir, gratuitamente, o livro, deverão solicitar ao Ibict autorização de reprodução da obra original e arcar unicamente com os custos de impressão e distribuição.
Segundo Maia, o Canal Ciência pode vir a editar outros livros para o público infantojuvenil, mas abordando outros temas. “Produzir o livro foi tão desafiador e exaustivo quanto escrever ou adequar os textos lúdicos à luz da zoologia, da biologia da conservação e da divulgação científica”, disse o analista do Ibict. (Andreia Verdélio / Agência Brasil)