O primeiro filme a ser exibido será “El Topo”, na segunda-feira, 15, às 19h30. El Topo conta a história de um pistoleiro místico – interpretado pelo próprio Jodorowsky – que vaga pelo deserto em busca de auto-conhecimento. Em sua jornada, enfrenta os quatro mestres pistoleiros do deserto, morre e renasce, encontra a iluminação, ajuda um povo deformado que vive preso em uma caverna e torna-se uma espécie de monge franciscano com uma metralhadora. (México, 1970, colorido, 125 min).
Na terça-feira, 16, será exibido o filme “A Montanha Sagrada”. The Holy Mountain, de Alejandro Jodorowsky, é uma das películas mais polêmicas da história. Em seus 115 minutos de duração, vemos desfilar pela tela uma infinidade de imagens bizarras e controvertidas. O filme acompanha a trajetória de um sósia de Jesus, desde sua vida na Terra até sua união ao grupo que supostamente descobrirá o segredo da vida. É um desfile sem fim de simbolismos, sempre sublinhados, como que implorando para serem vistos. Jodorowsky não se utiliza de sutilezas ao colocar em tela coisas como a máquina do prazer ou os doze apóstolos de Jesus como sendo prostitutas. É um cinema urgente, ideológico e iminente. Um turbilhão surrealista. (México, 1973, colorido, 114 min).
Na quarta-feira, 17, a exibição será do filme “Duna de Jodorowsky”. O documentário abrange o diretor Alejandro Jodorowsky e sua tentativa em 1974 de criar uma adaptação para o cinema do romance de ficção científica escrito por Frank Herbert, Duna. Enquanto a produção ambiciosa desabou depois de dois anos, a equipe de Jodorowsky formada por artistas relativamente desconhecidos continuou a explorar os temas e estilos iniciados no projeto e acabou mudando a ficção científica moderna para sempre: HR Giger criou ALIEN a obra-prima de Ridley Scott, Dan O’Bannon escreveu Total Recall e Alien, Jean “Moebius” Giraud criou os mundos futuristas para Star Wars: O Império Contra-Ataca, TRON, e O Quinto Elemento e Chris Foss iria passar a trabalhar no Alien e Superman. (EUA, 2013, colorido, 90 min).
Na segunda-feira, 22, o público poderá assistir ao filme “Santa Sangre”. Fenix é um jovem que vive internado em um hospício. Quando era novo, ele presenciou a mutilação de sua mãe, uma fanática religiosa pagã, pelo próprio pai, o dono de um circo muito peculiar. Traumatizado, Fenix embarca em uma obsessão pela própria mãe, e entra em um mundo de trevas e de mortes indiscriminadas. (México/Itália, 1989, colorido 118 min).
Na terça-feira, 23, será exibido o filme “O Ladrão do Arco-Íris”. Considerado por muitos o seu filme mais comercial e protagonizado por uma dupla de peso, Omar Sharif e Peter O’Toole, e contando ainda com uma pequena participação de Christopher Lee, The Rainbow Thief acompanha as aventuras de Dima e o Príncipe Meleagre, eles são dois marginais que vivem nos esgotos debaixo das ruas da cidade e buscam o mítico pote mágico no final do arco-íris. (Inglaterra, 1990, colorido, 87 min).
O ciclo se encerra na quarta-feira, 24, com a exibição de “A Dança da Realidade”. “Uma autobiografia imaginada” – assim Alejandro Jodorowsky, um dos mais excêntricos e ousados realizadores vivos, define o seu novo filme. Tomando sua história de vida como ponto de partida, o diretor inicia sua trajetória em Tocopilla, pequena cidade do deserto chileno onde cresceu tendo a imaginação como sua principal aliada. Expandindo a ficção até alcançar seu limite, Jodorowsky justifica a união entre poesia, filosofia, cinema e tarô, e suas evidentes idiossincrasias, numa tentativa de compreender e expor quem de fato é. (Chile/França, 2013, colorido, 127 min).
Todas as exibições são gratuitas e seguidas de debate. Mais informações sobre o ciclo AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)