Musa Híbrida, se espalha pelo mundo, buscando refazer o mundo. Híbrido de poesia e canção, a banda traz composições que transitam por letras dos compositores Alércio e Cuqui; poesia, não só contemporânea como a do argentino Cristian de Nápoli, mas também a provençal de Arnaut Daniel – na tradução de Augusto de Campos. Há também um híbrido de instrospecção e extrospecção, mesclando elementos orgânicos e eletrônicos; eletroincidências /eletroelegâncias; violão, bandolim, contrabaixo, guitarra, caixa com vassouras, grooves de bateria somado a batidas programadas, sintetizadores, samples e outras potencialidades tecnológicas comandadas pelo multi-instrumentista Vini Albernaz. A banda busca um som contemporâneo, atual, com letras que se aproximam ora da literatura, ora do próprio universo da canção.
Como lembra o jornalista Leon Sanguiné, a Musa Híbrida investe no eletrônico, tendência dos anos 2010, mas flerta com a MPB. Verde fosco roxo cinza, segundo disco do grupo, segue essa proposta de mistura, do lirismo e do eletrônico. Com uma diferença em relação ao disco de estréia: carrega nos elementos rústicos e acústicos e traz ainda o sax de Nina Mayers, extremamente bem recebido nessa mistura que só fica mais livre.
A banda também resgata algo um tanto perdido na MPB dos anos 2000: a possibilidade de, através da música, colocar em discussão assuntos importantes de terem um contraponto apresentado a mais pessoas. Caso das liberdades individuais, do amor como matéria-prima desde que livre, do machismo degradante, da superficialidade dos discursos facebookianos.
Mais informações sobre a apresentação da banda no Ideia Coletiva no evento no facebook. A entrada é gratuita com contribuição espontânea direcionada para os artistas (Carta Campinas com informações de divulgação)