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Exposição é organizada em protesto ao fechamento da Oficina Cultural Hilda Hilst
A redução levou nove oficinas a encerrar seus trabalhos de forma involuntária, acarretando em demissões de funcionários e diminuição de programações em entidades importantes, como Museus da Arte Contemporânea (MAC), Museu Afro, Museu da Imagem e do Som (MIS) e a Pinacoteca.
Em entrevista à TVT, a produtora musical Intiane Queiroz afirmou que o investimento precisa crescer. “O orçamento de cultura não chega a 0,2% do ICMS de São Paulo, é minúsculo. A cultura junto com a educação é o que vai mudar o país. O ideal é que ele cresça 1,5%, de acordo com a PEC da cultura”.
Viajando 600 quilômetros, moradores de Araçatuba vieram para São Paulo participar do ato e se queixaram do fechamento da única oficina da região. “O workshop atende 43 municípios, e fechando ele vamos deixar cidades sem acesso à cultura, porque é a nossa principal ferramenta de difusão cultural no interior”.
A oficina de Santos, litoral sul de São Paulo, além de fechada, foi transferida para um local precário. “As oficinas estão passando por um processo de sucateamento. Nos últimos dez anos, as atividades estão se reduzindo aos poucos, estamos vivendo uma situação específica, fomos transferidos do prédio da cadeia velha, ao lado da rodoviária, que atendia nove cidades da região, para uma casa muito pequena no bairro nobre da cidade e este lugar não atende de forma adequada”, afirmou o integrante do Movimento Teatral da Baixada Santista Caio Martinez Pacheco.
Apesar das reclamações e denúncias dos manifestantes, a assessoria da Secretaria da Cultura negou que qualquer oficina tenha fechado ou encerrado as atividades. (RBA)