Minissérie de televisão realizada em dez episódios, “O Decálogo” foi concebida no momento da derrocada final do comunismo na Europa Oriental. O cineasta refugiou-se na simplicidade normativa dos dez mandamentos bíblicos para inspirar essa que é uma de suas obras mais consagradas. Os episódios que se transformaram em longas, como “Não Matarás” e “Não Amarás”, foram muito aclamados internacionalmente, a exemplo de sua conhecida Trilogia das Cores (“A Liberdade é Azul”, “A Fraternidade é Vermelha”, e “A Igualdade é Branca).
Todos os episódios se passam em um conjunto habitacional que, em sua monotonia, representa o limite do sonho comunista; em sua calma, padronização e contenção, podemos perceber o limite da vida. Neste cenário, cuja apatia e uniformização poderiam apontar para a anulação das diferenças entre os indivíduos, percebemos exatamente o contrário. O mundo particular e diverso de cada personagem é captado daquela forma poética, tão característica do diretor, atenta aos detalhes – um copo que cai, um menino olhando uma pomba, uma goteira no hospital.
Muito embora praticamente todas as histórias de ” O Decálogo” tenham um final surpreendente ou irônico, elas constituem, antes de tudo, um grande painel do comportamento humano.
As exibições são gratuitas e acontecem sempre às quintas-feiras, às 19h30.
Na próxima quinta-feira, 12, será exibido “Decálogo 2”. Com Krystyna Janda, Aleksander Bardini, Olgierd Lukaszewicz e outros. Grávida do amante, mulher decide abortar caso seu marido, gravemente enfermo, se recuperar. Cor, 57 min.
Mais informações sobre as demais exibições do ciclo AQUI. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Local: Museu da Imagem e do Som de Campinas
Palácio dos Azulejos
rua Regente Feijó, 859
Centro