Os manifestantes acionaram imediatamente os policiais que acompanhavam a marcha para que realizassem a prisão, mas a PM hesitou bastante em agir. “É fundamental denunciar o comportamento hesitante dos militares diante da gravidade dos fatos, que relutavam em entrar na casa para fazer a averiguação. O sentimento entre os manifestantes era de indignação e perplexidade diante da inadmissível inoperância dos agentes”, dizem os manifestantes em nota.
Segundo os moradores, os fatos que se seguiram revelaram a discrepância abusiva da abordagem policial. Enquanto o agressor foi detido de maneira respeitosa – sem sequer o uso de algemas ou a realização de buscas rigorosas no interior da residência – em seguida o povo, na condição de vítima, sofreu a mais violenta e tradicional repressão por parte da PM. “Houve a prisão aleatória de um membro do grupo, realizada com excessivo uso da força, numa clara tentativa de desvirtuar o foco, seguida pelo uso indiscriminado de spray de pimenta e bombas de efeito moral”, anotaram os moradores. Veja foto abaixo o arsenal usado pela PM.
Segundo os moradores, a população reagiu à truculência institucionalizada pela PM, o que gerou correria, crianças e idosos aos prantos, feridos e desmaios num cenário de guerra. Os moradores revidaram e atacaram os carros da polícia. Após o tumulto, os manifestantes decidiram, em nome da Ocupação Vila Soma, pela abertura de Boletim de Ocorrência registrando a tentativa de homicídio, além de buscar providências para apurar a atuação da polícia militar no descumprimento do acordo em garantir a segurança aos manifestantees. Eles anotaram também devem “acirrar a luta pela moradia e fazer valer os princípios dispostos na constituição federal”.
Veja imagens dos moradores:
Apenas para comparar, veja uma imagem da PM no protesto do domingo 15 de março: