A ideia é dotar principalmente o aluno ingressante de um dispositivo de denúncia. “O telefonema é sigiloso e colabora para que o nosso aluno tenha segurança no local em que passará muitas horas do seu dia”, assegura o professor José Ricardo Figueiredo, coordenador do SAE.
A denúncia é registrada em um formulário por um funcionário do Serviço de Apoio ao Estudante, que recebe treinamento do Programa Campus Tranquilo, ligado à Coordenadoria Gerla da Universidade (CGU). Essa denúncia é encaminhada à direção da unidade de origem do agressor, que tomará as medidas cabíveis ao trote violento (tanto trote físico quanto moralmente agressivo, como humilhações e intimidações, por exemplo). Conforme o professor Fiqueiredo, o trote é passível de punição e advertência.
O questionário a ser respondido pelo denunciante inclui questões como o seu vínculo com a Universidade, se já ocorreu a violência ou se está ocorrendo, uma descrição dos fatos, se a pessoa conhece o autor do trote, se a vítima foi ferida ou corre risco, se interferiu na situação fotografando, se tinha vigilante perto quando da ocorrência.
O Disk Trote é um telefone exclusivo para receber essas denúncias, sobretudo de quem se sente ultrajado em sua liberdade. “Corte de cabelos, pintura no corpo, pedágios e atividades constrangedoras são proibidos pela Lei Estadual nº 10.454 e pelo Conselho Universitário (Consu) da Unicamp”, garante o coordenador do SAE. Segundo ele, o Disk Trote é, acima de tudo, um instrumento educativo, já que todas as instituições possuem suas normas e deliberações. “Não queremos punir, mas não podemos deixar de corrigir o que está errado”, diz. (Com informações da Unicamp)