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Pós-impressionismo livre e natureza morta experimentada na arte de Nelson Ribeiro

As cores marcam o trabalho artístico de Nelson Ribeiro, artista que neste mês de fevereiro ilustra o site Carta Campinas no projeto Carta Campinas Visuais. Objetos, paisagens, ambientes e algumas figuras humanas se deixam ver nas suas telas com traços de um pós-impressionismo livre e com algo de uma natureza morta experimentada que dá forma a objetos do cotidiano e singulariza a representação de campos e lugares.

Xícaras, insetos, vegetação, luz, um vidro de compota, garrafas, canecas e vasos, estão entre as figuras representadas em suas telas, onde elas adquirem uma forma e expressão própria.

A exploração cromática persiste, mesmo quando as cores são substituídas pelo preto e branco, e pelos tons de cinza (trabalhos que lembram as telas modernistas de Osvaldo Goeldi e nos levam a uma atmosfera densa onde avulta o indivíduo). Há uma simplicidade sofisticada e o convite à reflexão que os trabalhos artísticos costumam nos oferecer.

“Pinto para me sentir um pouco melhor, para tentar compreender, o mínimo que seja, as coisas que estão à minha volta; e, assim, me sentir um pouco feliz; embora a pintura não tenha essa função. Como não vou a museus, ler a história da arte para mim tornou-se imprescindível. É através dela que, aos poucos, vou identificando os estilos de pinturas e os pintores que mais me encantam e me emocionam”, diz o artista.

Nelson nasceu em 1960, na cidade de Lins, interior de São Paulo. Em 1978 se mudou para Campinas. Trabalhou em diversas áreas, sentindo em todas elas um certo deslocamento. No inicio da década de 80, cursou História, onde conheceu o professor de teoria literária e poeta Antônio Severino. Através das visitas em sua casa, entremeadas por longas conversas, tomou conhecimento de uma série de escritores, poetas, pintores… cujas leituras mudaram definitivamente a sua maneira de ver e sentir o mundo.

Em 2007, por puro acaso, começou a desenhar (meados de 2013 a pintar). “Pela primeira vez em minha vida, aos 47 anos, soubera que era possível amar aquilo que eu estava fazendo”. Além de seu trabalho artístico, Nelson trabalha, atualmente, no Aeroporto Internacional de Viracopos .
(Maura Voltarelli)

Cultura Carta

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