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Rede Globo: revolucionária nos costumes, reacionária na política e na economia

A Rede Globo tem tido nos últimos anos uma papel tão importante no comportamento sexual da sociedade brasileira quanto na polícia. Mas esse papel se revela em dois lados de uma mesma moeda.

A emissora, sem dúvida alguma, está na vanguarda da tolerância e da liberdade sexual entre pessoas do mesmo sexo. Diante da história de um país machista e, ainda hoje, epidêmico na violência contra a mulher e homossexuais, a emissora carioca, criada durante a ditadura civil-militar, é revolucionária nos costumes.

Em praticamente todas as produções, das 18h às 23h, a questão homossexual está presente de uma forma totalmente naturalizada. Claro que é possível criticar formatos, apelos, estereótipos de uma novela ou outra, de uma personagem ou outra, mas essa é uma questão secundária.

Assim como tem contribuído para a tolerância na questão sexual, a Rede Globo se mostra totalmente conservadora e reacionária nas questões políticas e sociais, mesmo diante de um governo que cumpre seu script (!) monetarista.

É uma emissora porta voz do chamado “mercado” (mercado é algo que pode ser traduzido como máximo lucro para grandes corporações e dane-se o resto, inclusive o planeta, as pessoas, tudo). É a defesa da orgia do mercado, da liberdade econômica total e sem contrapartida! E assim, a Globo vai conseguindo também impedir avanços democráticos, avanços políticos, avanços sociais e econômicos.

E, mais interessante, de forma contraditória tem ajudado a manter o perfil conservador no Congresso Nacional, inclusive com bancada contra direitos de homossexuais.

 

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