A Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto informou que o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, vai permanecer no cargo. O convite foi feito nesta quinta-feira (19) pela presidenta Dilma Rousseff.
O economista Luciano Coutinho está à frente do banco desde 2007, quando foi indicado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir Demian Fiocca. Uma das principais marcas de Coutinho no BNDES foi a concentração do mercado com a formação de mega empresas e redução da concorrência, caminho que contribuiu para crise europeia e para piorar o cenário de inflação. Um dos maiores exemplos foram os financiamentos para a concentração do mercado da carne bovina, com a criação da Friboi. Outra concentração do BNDES de Coutinho foi a fusão da Oi com a Brasil Telecom.
De acordo com o “Estado de S. Paulo”, o BNDES injetou em 6 anos da gestão Coutinho cerca de R$ 18 bilhões nos frigoríficos JBS e Marfrig, na Lácteos Brasil (LBR), na Oi e na Fibria. Objetivo era criar as “campeões do nacionais”, mas acabou dando um duro golpe na inflação e permitindo que grandes empresas tivessem grande poder de influenciar o mercado interno. Em 2013, Coutinho afirmou que política, que gerou concentração de renda e produção, não continuaria.
Professor titular do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Luciano Coutinho foi secretário-geral do Ministério da Ciência e Tecnologia entre 1985 e 1988, no governo de José Sarney. Antes de entrar no BNDES, atuava como consultor na área de investimentos.
Ex-sócio da LCA Consultores, ele prestou serviço a grandes empresas como a Vale e a Ambev.
Luciano Coutinho formou-se em economia em 1968, pela Universidade de São Paulo, onde também coordenou o programa de pós-graduação, de 1974 a 1979. Em 1980, foi professor visitante na Universidade do Texas. Em janeiro de 1994, na Universidade de Paris XIII, também foi professor visitante e palestrante. Coutinho foi consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), do Banco do Nordeste e de governos estaduais. (Agência Brasil e Carta Campinas)