“É racionamento, não é racionamento, é restrição hídrica, não é restrição hídrica”. É mais ou menos assim que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) tem explicado a lambança que fez na administração da água potável que abastece São Paulo e cidades da região de Campinas, como Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Paulínia, Hortolândia e Morungaba.
Há 20 anos comandando a Sabesp, empresa estatal de capital misto, os tucanos da capital não fizeram os investimentos necessários e distribuíram os lucros da empresa para acionistas.
Sorte da cidade de Valinhos, que não é uma dessas cidades abastecidas pela Sabesp, mas é administrada pelo mesmo partido, o PSDB. O prefeito de Valinhos, Clayton Machado (PSDB) provou por A + B a irresponsabilidade e incompetência do governo de São Paulo para lidar com a crise hídrica.
Enquanto em São Paulo está próximo de um colapso, moradores sem água em várias regiões e o governo Alckmin impondo multa de 100% sobre a média do consumo de 2003, em Valinhos os reservatórios estão praticamente cheios, as represas estão com 90% da capacidade. E não faltará água, mas a cidade sofre há um ano com a crise hídrica.
Enquanto Alckmin dizia que não iria faltar água, o prefeito do interior fazia racionamento, oficialmente, desde fevereiro de 2014. E isso fez toda a diferença. Além disso, já está fazendo investimentos na ampliação dos reservatórios. Já não dá para dizer que é ataque do PT ou boicote de São Pedro. Ou dá?
Apesar da proteção que o governo Alckmin recebe da grande mídia paulista, recentemente ele tem ficado em apuros com suas declarações e com a gravidade da situação. Só mesmo um prefeito do PSDB para desmascarar o governo Alckmin.