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Policial assassinado no ataque ao jornal Charlie Hebdo era muçulmano

As autoridades francesas informaram que o oficial de polícia que é visto sendo executado pelos responsáveis ao ataque à redação da revista Charlie Hebdo se chamava Ahmed Merabet, 42, deixou uma esposa para trás e era muçulmano, com origens árabes.

Merabet havia sido incumbido de patrulhar o bairro em Paris onde o escritório da revista estava localizado. O vídeo mostrando o assassinato do policial à queima roupa, enquanto ele estava ferido no chão e, aparentemente, pedia para não ser morto, rodou o mundo e se tornou uma das imagens da crueldade que resultou na morte de 12 pessoas, incluindo outro policial chamado Frank Brinsolaro, que foi designado para a proteção de Stéphane “Charb” Charbonnier, o editor-chefe da revista, que já vinha sofrendo ameaças desde 2006, após a publicação de uma série de charges satirizando o profeta muçulmano Maomé.

Os suspeitos do ataque foram identificados como sendo os irmãos franco-argelinos Saïd, 32, e Chérif Kouachi, 34, e  o motorista de fuga como Hamyd Mourad, 18. Este último se entregou nas últimas horas para a polícia francesa.

A França é um país de 66 milhões de pessoas, onde 5 milhões são muçulmanos. Segundo dados do portal Euro Islam, os muçulmanos parisienses tendem a ser mais conservadores que a população em geral. Perguntados sobre a aceitação da violência em nome de uma causa nobre, baseando-se em uma escala de 1 a 5, 77% dos entrevistados escolheram “1″ e “2″ – o que, de acordo com o portal, “revela um importante passo para desmistificar equívocos comuns em ambos os lados, com o objetivo de alcançar uma compreensão de todos”.

O islã explicitamente condena a morte de outros muçulmanos, sendo que muitos radicais justificam seus ataques indiscriminados contra árabes ou muçulmanos alegando que estes traíram o “verdadeiro islamismo”, por viverem no Ocidente ou por não aderirem à causa radical.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, disse hoje (8) que várias pessoas foram detidas durante a busca pelos irmãos Kouachi, entre elas sete pessoas: homens e mulheres ligados aos dois suspeitos da autoria do ataque. (Revista Fórum)

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