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Para combater crise hídrica, Alckmin pede R$ 3,5 bilhões para Dilma Rousseff

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apresentou à presidenta Dilma Rousseff uma lista de ações que pretende promover nos próximos anos com o objetivo de melhorar a segurança hídrica do estado. As propostas iniciais de oito obras foram orçadas em R$ 3,5 bilhões, segundo o governador, e envolvem empreendimentos com prazo de execução que variam de nove meses a dois anos e meio.

Ministra Miriam Belchior e o governador Geraldo Alckmin

O formato de como esse valor será financiado e o detalhe de cada projeto não foram apresentados na reunião desta segunda-feira (10), de acordo com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. Ela informou que uma nova reunião foi marcada para o próximo dia 17, quando as propostas serão aprofundadas pelo governo estadual à União. Um grupo de trabalho, de acordo com o governador, vai se encarregar de discutir de maneira tripartite o detalhamento desses projetos.

Não é possível dizer ainda, portanto, se o governo federal vai bancar os custos totais ou apenas uma parte. “Não tem um limite mínimo nem máximo. Aquilo que o grupo de trabalho entender que é possível”, avaliou Geraldo Alckmin, sobre o valor que seria necessário receber do governo federal para as obras orçadas.

Garantindo não haver risco de desabastecimento de água a curto prazo, o governador de São Paulo disse que a proposta apresentada a Dilma é de novas obras. Segundo ele, várias obras para melhorar o abastecimento estão em andamento. “Nós temos repetido isso desde o início do ano. Nós temos em São Paulo um sistema extremamente forte, nem entramos na segunda reserva técnica do Cantareira. Então, não são obras para amanhã; as obras para amanhã estão sendo feitas. Nós vamos entregar neste mês de novembro mais um metro cúbico por segundo (m³/s) do Guarapiranga. Mais 300 mil pessoas saem do Cantareira”, informou.

“A presidenta viu com bons olhos o conjunto das obras, mas nós vamos ter uma conversa mais aprofundada para que ela bata o martelo naquilo que o governo federal ajudará São Paulo”, disse a ministra Miriam Belquior, complementando que, do meio para o fim da semana que vem, poderá haver uma resposta do melhor formato de financiamento. “É comum a presidenta dizer que o montante de recursos, claro, depende da nossa capacidade, mas, fundamentalmente, depende da importância das obras a serem realizadas. Se durante o processo de discussão estiverem claras a importância das obras para o abastecimento da região, nós poderíamos até apoiar tudo”, disse.

O primeiro empreendimento proposto é a interligação da represa Atibainha, do Cantareira, à represa Jaguari, do Rio Paraíba do Sul. Na semana passada o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Abreu, afirmou ser possível a transposição das águas do Paraíba do Sul. Outras obras apresentadas à presidenta envolvem a construção de dois grandes reservatórios, a criação de duas estações de produção de água de reuso, a interligação do Jaguari com outro rio, o Atibaia, além da perfuração de 24 poços para abastecer a região de Campinas.

Após explicar o trajeto do Paraíba do Sul, o governador disse o que o governo de São Paulo pretende implantar o projeto. “Em média, o Paraíba do Sul tem 200 m³/s. O que estamos falando da interligação é de 5 m³/s, e podemos colocar mais água no Paraíba, porque a interligação é de mão dupla. […] Então você dobra a capacidade de preservação para São Paulo e para o Rio de Janeiro”, disse.

Segundo Miriam, as obras foram apresentadas em uma ordem de prioridades, e ao longo da apresentação a presidenta Dilma fez perguntas a respeito de cada projeto. A primeira reunião do grupo de trabalho, marcada para a próxima segunda-feira (17), ocorrerá no Ministério do Planejamento.(Agência Brasil)

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