Os assaltos foram praticados em agências de Campinas, Sumaré, Hortolândia e Elias Fausto. A ação dos criminosos era rápida. Em cerca de dois minutos, dois ou três deles invadiam o local armados e recolhiam o dinheiro do cofre da tesouraria e dos guichês de atendimento, além da arma e do colete do vigilante. Quando possível, pertences de funcionários e clientes também eram levados. Os valores roubados alcançavam R$ 16 mil.
A atuação da quadrilha foi longeva devido à alternância dos integrantes nos roubos. Formavam-se duplas ou trios em cada assalto, o que dificultava a identificação do bando e a cessão dos crimes em caso de prisão em flagrante. Contribuiu também para a permanência dos delitos o apoio logístico e moral mútuo dos bandidos e a relação próxima entre eles. A maioria dos denunciados mora em Hortolândia, alguns na mesma rua. Fotos em redes sociais também atestam os vínculos de amizade. Os registros mostram, inclusive, vários criminosos ostentando armas de fogo e bens subtraídos das vítimas.
O MPF quer que a Justiça Federal condene os denunciados por roubo com uso de arma e formação de quadrilha. A todos também foi atribuído o crime de corrupção de menores. Embora os adolescentes tenham participado de apenas quatro assaltos, nos quais somente três dos criminosos estiveram envolvidos, a dinâmica do bando revela que os sete integrantes os induziram à prática dos delitos.
O chefe da quadrilha atuou em pelo menos 11 assaltos. Se condenado, a pena de prisão pode superar 120 anos, considerada a soma dos crimes. Ele e outros quatro comparsas já estão detidos. (Carta Campinas com informações do MP)