O pai de Aécio, Aécio Cunha, atuou como deputado federal pela Arena (1963–1979) e pelo PDS (1983-1987), partidos que deram sustentação ao regime nefasto da ditadura civil-militar. Que herança.
Com essa ascendência, Aécio Neves teve uma vida boa com o dinheiro do Estado, segundo texto de Karina Peixoto, no Carta Maior. Ela nos conta que dos 17 aos 21 anos, Aécio Neves vivia no Rio com a família. Mas… sempre tem uma mas… no site oficial da Câmara dos Deputados, consta neste período, que ele teve um cargo de secretário de gabinete parlamentar na Câmara Federal, localizada em Brasília, embora morasse no Rio.
“Durante esses anos, conforme relatos publicados na imprensa brasileira, Aécio foi um “menino do Rio”, que gostava de surfar, de festas e estudava em escolas de elite. Entre 1977 e 1981, período em que o Brasil vivia sob ditadura civil-militar, o jovem de família ligada à Arena, partido de sustentação da ditadura, gozou a vida enquanto o Brasil vivia sob o tacão de um regime ilegítimo.
Como todo regime autoritário, a ditadura brasileira tinha na oligarquia do país o seu sustentáculo da manutenção do poder via a censura e controle da imprensa (que só podia existir como cúmplice) e a força bruta: a tortura, a perseguição e o desaparecimento de dissidentes”. (Texto integral de Karina Peixoto)
O site Terra também fez reportagem sobre o tema e tentou ouvir o candidato, mas a assessoria de imprensa de Aécio Neves não respondeu.
Aécio surpreende porque acreditava-se que ele havia recebido de José Sarney o primeiro cargo público, como diretor da Caixa Econômica Federal, aos 25 anos. Nada, aos 17 anos. Prodígio.