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Aécio Neves começou a usufruir do aparelhamento do Estado aos 25 anos, como Diretor da Caixa

Aos 25 anos de idade, ou seja, muito jovem, Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB,  passou a fazer parte do aparelhamento do Estado pela elite política mineira. Crítico do que chama de “aparelhamento do PT”, Aécio esconde que em 14 de maio de 1985, com apenas 25 anos,  foi nomeado para o cargo nada modesto de Diretor de Loterias da Caixa Econômica Federal,  durante o governo de José Sarney. O jovem mineiro tomou o lugar de funcionários de carreira da Caixa mais gabaritados para o posto.  Veja abaixo texto de Helena Sthephanowitz:

Aécio critica, mas já foi beneficiado por ‘aparelhamento’ em divisão da Caixa

A campanha de Aécio Neves faz tudo para passarem despercebidas passagens de sua biografia que contradizem seu discurso. Por exemplo, ele próprio já foi um beneficiário do tal “aparelhamento” do Estado que ele tanto fala em combater. Está lá no Diário Oficial da União, de 14 de maio de 1985.

Qualquer filho do seu José ou da dona Maria, brasileiros comuns como eu e você, se quiser trabalhar na Caixa Econômica Federal, tem de fazer concurso e começar de baixo. Só consegue subir na empresa, degrau por degrau, mostrando serviço, ralando para chegar a gerente.

Mas naquela ocasião o recém-formado Aécio Neves não precisou. Graças ao fato de ser filho de político (seu pai, Aécio Neves da Cunha, era deputado pelo PFL até 1986), neto de político (Tancredo Neves, que havia morrido há menos de um mês), e primo de político, o então ministro da Fazenda do governo Sarney, Francisco Neves Dornelles.

Nomeação de Aécio Neves

Por isso, teve “QI elevado” para ser nomeado para o poderoso e cobiçado cargo de Diretor de Loterias da Caixa Econômica Federal, aos 25 anos, atropelando todos os funcionários de carreira da Caixa mais gabaritados para o posto.

Essa nomeação política, baseada no parentesco entre poderosos, diz muito sobre os valores e princípios do candidato. Aquela conversa de “aparelhamento” e meritocracia do tucano é para boi dormir, só existe nos discursos. Na prática, é um tal de dar cargos para os amigos, cunhados, concunhados, aeroporto para a família, colocar no TCE a mulher do vice e sócio de Marcos Valério, contratar sem licitação empresas dos “amigos” e “otras cositas más”..

Sou capaz de apostar que perto de 99% dos eleitores brasileiros não sabem dessa passagem na biografia do tucano. .(RBA/Helena Sthephanowitz)

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